São Paulo, sexta-feira, 07 de abril de 2006

Próximo Texto | Índice

MERCADO ABERTO

PIB não cresce 5% neste ano, diz CNI

Apesar dos números positivos da indústria em fevereiro e das estimativas otimistas do governo, o crescimento do PIB neste ano dificilmente atingirá taxas próximas a 5%, de acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A entidade acaba de concluir uma revisão da estimativa para a economia neste ano, com base nos dados do primeiro bimestre. A conclusão é que o PIB deve crescer a um ritmo perto de 4%, acima, portanto, dos 2,3% registrados no ano passado e da estimativa de 3,3% que constava do relatório anterior da CNI.
Segundo o último Relatório de Inflação do Banco Central, se a taxa básica (Selic) se mantiver no atual patamar de 16,5% ao ano, o país crescerá 4% em 2006. Como a expectativa de queda do juro é consensual, o PIB poderia ter uma alta ainda maior.
Para o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a projeção de 4% pode ser atribuída a vários fatores, incluindo a já esperada queda da Selic, o aumento do crédito e ao fato de 2006 ser um ano eleitoral, quando o gasto do governo costuma crescer.
Sobre a mudança na equipe econômica, ele diz que o governo assimilou bem o golpe da saída do então ministro Antonio Palocci. Segundo ele, os mercados estão tranqüilos, e a economia retomou o ritmo de alta.
Coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco diz que um dos grandes obstáculos ao governo e a um ritmo maior de expansão será a política fiscal.
Apesar da necessidade de juros menores para dar fôlego à economia, ele diz que os gastos públicos ainda são muito elevados e que, para manter a rolagem da dívida pública, os juros não devem baixar rapidamente, sob a ameaça de dificultar a tarefa.
Ele diz não acreditar numa queda muito grande da Selic e lembra que poucas vezes a taxa de juros real ficou abaixo de 10% (está hoje em torno de 11,6%).

AVISO AOS NAVEGANTES
Hoje é o aniversário do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

NA INDÚSTRIA
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, acertou que Mantega almoçará na entidade em 2 de maio. Eles se reuniram ontem.

ANTI-SUPER-RECEITA
A Fecomercio SP declarou, em ofício enviado às lideranças partidárias no Senado, ser contrária à Super-Receita. A entidade pediu a rejeição do projeto.

ATRÁS DE PARIS
Imagem não é tudo. Um nome "sonoro" pode ter mais importância. Essa é uma das conclusões de analistas consultados pela revista "Forbes" sobre a relação entre celebridades e o registro de nomes nos EUA. Há 25 anos, quando nasceu Paris Hilton, herdeira da rede de hotéis Hilton, seu nome não estava entre os mil mais registrados no país. Em 2003, ano em que um vídeo em que ela aparecia fazendo sexo com o então namorado "vazou" na internet, o nome "Paris" subiu 41% ante 2002 e alcançou a 273ª posição. Em 2004, já era o 156º da lista.

OLHO NO DESIGN
A Papaiz, uma das líderes do mercado de fechaduras e cadeados, investiu cerca de R$ 3,5 milhões em lançamentos apresentados na Feicon, feira de construção em SP, que acaba amanhã. Ela acertou parceria com o designer Guto Índio da Costa, que assina uma linha de fechaduras.

BILATERAL
Presidente da ProExport Colômbia, que responde pela promoção dos investimentos estrangeiros no país, Luis Guillermo Plata desembarcou em São Paulo para acertar negócios com ao menos seis empresas brasileiras, de setores como o de confecção, o siderúrgico e o turístico.

PIRATAS NO ALVO
O índice de pirataria de software no Brasil, hoje estimado em 64%, pode cair 5% até o fim do ano. A previsão é do diretor jurídico da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), Manoel Antonio dos Santos. Para ele, as ações do Conselho Nacional de Combate à Pirataria são fundamentais para a redução da difusão de produtos falsificados. Na próxima terça, evento da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual discute em SP a questão da pirataria.

INVASÃO ESPANHOLA
Uma das maiores marcas de eletrônicos e informática da Europa, a espanhola Airis chega ao mercado brasileiro em maio com uma agressiva estratégia respaldada na distribuição. Serão inicialmente importados cerca de 70 produtos, de notebooks e MP3 players a televisores e DVDs. A Infinity System, que detém a marca, já acertou acordo com 12 grandes redes de varejo e mais de 20 revendas especializadas, que respondem por mais cem pontos-de-venda em todo o país, diz Ricardo Kamel, vice-presidente da empresa para a América Latina. A estratégia consiste em alcançar "preços competitivos" por meio de parcerias com distribuidores. A empresa, criada em 1996, também negocia a abertura de duas lojas próprias, em SP e no Rio. O investimento inicial será de US$ 10 milhões e prevê a fabricação no país, por meio de terceirização, de produtos já no segundo semestre.

DISPUTA NO TOPO
O Manchester United assinou com a AIG, maior seguradora do mundo, aquele que é considerado o maior contrato de patrocínio a um clube de futebol no mundo, à frente da italiana Juventus. Irá receber US$ 99,3 milhões para exibir o nome da empresa americana nos próximos quatro anos, no lugar da gigante de telefonia móvel Vodafone.

GÁS LIBERADO
A ministra Ellen Gracie, presidente do STF, decidiu preservar a tutela antecipada concedida à GásLocal, joint venture da Petrobras e da White Martins. A tutela havia sido obtida na Justiça Federal em São Paulo. Com a decisão, a planta de Paulínia, em São Paulo, começará a produzir gás natural liquefeito. O investimento é de cerca de US$ 50 milhões.

GRANDE HOTEL
A rede de hotéis Accor anuncia na próxima semana a fusão das "bandeiras" Mercure e Parthenon. Juntas, as duas pretendem dar origem à maior rede "midscale" (média escala) da América do Sul. O projeto deverá ser concluído até o fim de 2007 e somar 73 hotéis e flats em 34 cidades -se considerado o parque de hospedagem que existe hoje.

NOVO INSTITUTO
Os imbróglios recentes envolvendo segurados do INSS acabam de motivar a criação de um instituto para auxiliá-los. Recém-fundado, o Indape (Instituto Nacional de Defesa do Aposentado e Pensionista) pretende prestar serviços de consultoria jurídica e orientá-los em situações como pedidos de revisão de benefícios, entre outras.


Próximo Texto: Ajuda a setor agrícola atinge até R$ 16,9 bi
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.