|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Política industrial depende dos cortes no orçamento
O governo promete anunciar
a política industrial dentro de
15 dias, depois de alguns adiamentos. O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, pretendia divulgá-la, ou pelo menos suas linhas mestras, na semana passada, mas seus planos
foram adiados.
No final do ano passado, o
motivo do adiamento do anúncio da política industrial tinha
sido o fim da CPMF. A perda da
arrecadação prevista de R$ 40
bilhões com a CPMF levou o
governo a refazer os cálculos de
quanto seria possível abrir mão
do orçamento, e aí a política industrial teve de esperar.
Agora, a razão para esse novo
adiamento, ainda que possa ser
de apenas duas semanas, são as
discussões dentro do governo
de qual será a melhor política a
ser adotada para conter a
ameaça de alta da inflação. O
governo está empenhado em
encontrar uma alternativa para
evitar uma alta dos juros por
parte do Banco Central.
Na semana passada, o presidente Lula se reuniu a sós com
o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, e o presidente do
Banco Central, Henrique Meirelles, em pelo menos três
oportunidades. O tema desses
encontros não foi divulgado,
mas tudo leva a crer que a conversa girou em torno das ferramentas de que dispõe o governo para evitar o risco de uma alta da inflação.
Uma das principais alternativas que tem sido discutida é a
de se ampliar os cortes no orçamento. Há várias cartas na mesa. Dependendo da opção do
governo, a política industrial
poderá ter mais ou menos desonerações.
O plano inicial de Miguel
Jorge era anunciar uma política industrial ampla que contemple incentivos a 24 setores
da Economia e que promova
um total de desonerações acima de R$ 6 bilhões. A tendência
é a de o plano de política industrial ser mais tímido do que se
imaginava antes.
Na sexta-feira passada, em
encontro com empresários do
Iedi, Guido Mantega disse que
a política industrial sai mesmo
em 15 dias e seu principal objetivo será o de promover incentivo à exportação.
PROCESSO SELETIVO
A A2Z Consultores dobrou o número de seleções para executivos de alto escalão no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. A consultoria é especializada na busca de executivos para ocupar posições de diretoria e presidência de empresas. Parte do
crescimento se deve à procura das companhias nacionais por executivos qualificados. No ano passado, um dos executivos mais solicitados foi o especialista em relações com os investidores. "Muitas empresas quiseram aproveitar o momento positivo da bolsa para abrir o capital e, antes de fazer
isso, precisaram profissionalizar a gestão", afirma Felipe Assumpção, um dos sócios da empresa.
CARGA PESADA
A CMA CGM, especializada em transporte de contêineres, cresceu 41% no Brasil em
2007 e sua participação de mercado subiu
de 6,4% para 8%. O diretor comercial, Paulo
Gudergues, diz que
tanto a importação
quanto a exportação tiveram altas consistentes, mas ele ressalta
um aumento no volume de cargas frigoríficas transportadas em
2007. O transporte no
país representa 5% da
operação da empresa.
MP do álcool divide usineiro
e distribuidora na Câmara
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados
será palco de um duelo na próxima quarta, em Brasília, durante audiência pública para
discutir os impactos da MP
413/08 no mercado de álcool. A
MP altera a cobrança de PIS/
Cofins sobre o álcool hidratado:
redução a zero das alíquotas
aplicadas nas distribuidoras e
concentração da tributação nos
produtores.
A medida, que tem o objetivo
de diminuir a sonegação no
mercado de álcool -estimada
em 25% do volume comercializado ou 2,5 bilhões de litros-,
tem o apoio do Sindicom (das
distribuidoras de combustíveis), da Receita Federal e da
Fecombustíveis (que representa a rede varejista).
Do outro lado da arena estão
os usineiros, preocupados, segundo a Unica (União da Indústria Canavieira), com a dificuldade em repassar a nova
carga tributária às distribuidoras, o que segundo elas não
acontecerá, pois o repasse será
automático. A cobrança de tributos sobre gasolina, diesel e
biodiesel já é feita no primeiro
elo da cadeia.
Foram convidados para o encontro distribuidoras de combustíveis, usineiros, Petrobras,
Receita Federal, revendedores
varejistas e a ANP.
EDUCAÇÃO
A BT (antiga British Telecom) e o Unicef lançam
amanhã um projeto com atividades de comunicação para beneficiar 10.000 estudantes de São Paulo, Rio,
Salvador, Belo Horizonte e
Fortaleza. Além do Brasil,
China e África do Sul recebem o projeto. O investimento é de 1,5 milhão de libras esterlinas.
RASTREADO
A Graber Rastreamento
anuncia amanhã o lançamento da WebGraber Telemetria, para oferecer dados
sobre os veículos via internet em tempo real. O investimento em tecnologia foi de
R$ 2,5 milhões em 2007. A
previsão é que em um ano,
2.000 sistemas sejam comercializados.
Próximo Texto: Logística pior tira US$ 3,9 bi do agronegócio Índice
|