São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2002

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EUROPA

Paralisação é a 1ª em sete anos; trabalhadores querem aumento de 6,5%

Metalúrgico alemão entra em greve

Associated Press
Metalúrgicos da DaimlerChrysler fazem manifestação em Sindelfingen, na região de Stuttgart


DA REDAÇÃO

Os metalúrgicos alemães entraram em greve ontem, pela primeira vez desde 1995. De acordo com os sindicalistas, aproximadamente 60 mil trabalhadores, de 20 fábricas, paralisaram suas atividades. Por enquanto, o movimento, organizado pelo sindicato IG Metall, o mais poderoso do país, está concentrado na região de Baden-Wuerttemberg, no Sudoeste.
Os manifestantes pedem um aumento de 6,5% nos salários dos 3,6 milhões de trabalhadores da categoria, para repor perdas provocadas pela inflação nos últimos anos e compensar ganhos de produtividade. A paralisação, que ocorre apenas um dia em uma mesma unidade de produção, atingiu ontem principalmente montadoras, como DaimlerChrysler, Porsche e Audi. Hoje serão afetadas outras empresas.
As negociações entre os sindicalistas da categoria e os empresários foram suspensas na semana passada, depois que não se chegou a um acordo. A indústria oferece reajuste de 3,3% ao longo de 15 meses. Durante as conversas, o sindicato teriam reduzido sua reivindicação para até 4%. Mas as empresas não aceitaram, alegando a deterioração da atividade econômica no país e no exterior.
A companhias do setor de engenharia e metalurgia respondem por um terço de toda a produção industrial da Alemanha.
A linha de montagem da DaimlerChrysler em Sindelfingen, onde 25 mil manifestantes deixaram de trabalhar, foi a mais afetada. A paralisação de um dia custaria à montadora até 40 milhões.



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