|
Próximo Texto | Índice
MERCADO ABERTO
País edita 55 normas tributárias por dia
A cada dia dos últimos 18 anos,
o Brasil editou 55 normas
tributárias, em média, que
alteraram as regras já existentes. O número é um dos resultados do estudo "As Dificuldades
Impostas ao Contribuinte pelo
Fisco Brasileiro", do tributarista
Rubens Branco, que analisou dados desde a Constituição de 1988
até os dias de hoje.
Para Branco, o dado mostra a
complexidade da política tributária nacional. "Há milhares de
empresas que não têm condições
de acompanhar as normas. A
própria fiscalização tem problemas", afirma.
Segundo ele, a mudança constante das normas atinge financeiramente empresas de todos os
setores e portes. As grandes precisam de assessoria específica para entender e seguir as regras, e as
pequenas e médias, que não têm
estrutura, até pagam os tributos
de maneira errada.
Quando isso acontece, o empresário deve lidar com outro
problema: as multas de 75% mais
a Selic. "Quem se prejudica é a
empresa. Os grandes gastam
muito, e os pequenos acabam sonegando ou vítimas de corrupção", diz o tributarista.
A pesquisa apontou distorção
na defesa de multas. Há a necessidade de depositar 30% do valor
de um auto de infração para se
defender em segunda instância
administrativa. Dessa maneira,
se o auto estiver errado e o empresário não tiver recursos, será
executado por dívida fiscal sem
ter como se defender.
Como solução para todos esses
problemas, o tributarista aponta
para a instituição de um código
de defesa do contribuinte. "Já até
existe um projeto de lei, parado
há sete anos no Congresso Nacional, de autoria do [senador
Jorge] Bornhausen [PFL-SC]",
diz. "Se forem somados todos os
detalhes das leis, fica difícil ser
um bom contribuinte."
AGENDA PAULISTA
Quais as prioridades da indústria paulista? A expectativa é que,
em ano eleitoral, as respostas surjam em sondagem realizada pelo
Ciesp com seus 9.000 associados e que deve ser concluída até o fim
de maio. "Sabemos da importância de questões estruturais como
carga tributária e reforma da legislação trabalhista, mas queremos
conhecer também o que eles [industriais] consideram mais significativo de ações que tenham impacto mais imediato", diz Claudio
Vaz, presidente da entidade. Ele cita temas como a desoneração de
investimentos produtivos, a regulamentação das PPPs e a concessão de licenças ambientais para novos projetos. Os resultados da
sondagem devem ser anunciados em 25 de maio, Dia da Indústria,
e constarão de documento elaborado pela entidade que será encaminhado aos candidatos ao governo de SP e à Presidência.
JUSTO, MUITO JUSTO
Quando o assunto é moda, agora são eles que surpreendem. O
último grito da moda masculina, de acordo com o "New York
Times", é uma peça batida no guarda-roupa feminino: o jeans
ultrajusto. Inspirado no ator James Dean e nos integrantes da
banda de rock Ramones, as peças não são exatamente baratas.
Um dos 200 pares com a assinatura do estilista Alexandre Plokhov, da marca americana Cloak, pode chegar a custar US$ 390.
E todos já foram vendidos. Marcas mais tradicionais como a
Dior Homme aderiram à moda, segundo o jornal, com modelos
ainda mais ousados de jeans colados, nas cores rosa pálido e pistache, por US$ 580. Alexandre McQueen e Karl Lagerfeld também desenvolveram modelos seguindo o novo estilo.
MAIS EMPREGOS
O nível de emprego formal na
construção civil subiu em março,
embora em ritmo menor do que
no mês anterior. Houve alta de
0,4% ante fevereiro, o equivalente à abertura de 6.200 vagas
-em fevereiro, a elevação havia
sido de 1,2%, segundo o SindusCon-SP e GVconsult. No trimestre, o setor gerou 42,8 mil empregos, um crescimento de 3%.
CUSTO BRASIL
José Serra, Geraldo Alckmin,
Márcio Thomaz Bastos, Germano Rigotto e Pedro Malan serão
alguns dos participantes do seminário "A Constituição de 1988
e o Custo Brasil", promovido pela Fecomercio SP na terça e na
quarta-feira, em São Paulo, e que
contará também o presidente da
entidade, Abram Szajman.
PANELA NOVA
O chef francês Erick Jacquin
tem 150 quilos de motivos para cozinhar mais e melhor:
acaba de receber esse peso em
panelas da loja de cozinha parisiense Mora. Jacquin diz
que elas são produzidas com
materiais especiais para a cozinha: cobre por fora, para
conduzir bem o calor da chama, e aço inoxidável por dentro, para não alterar o sabor
da comida. "Vai ser muito
mais fácil cozinhar, o material
é maravilhoso", diz o chef,
que, desde o ano passado, comanda o restaurante La Brasserie. Desde a compra até recebê-las, no entanto, o chef
passou por uma pequena
odisséia de 400 dias de espera,
tempo necessário até a liberação na alfândega. "O ideal seria que as panelas também
fossem fabricadas no Brasil."
NOVO NICHO
A área de aplicativos da Oracle
no Brasil acaba de acertar contrato -após vencer concorrência neste ano- para fornecer o
novo ERP (sistema de gestão) da
empresa à paranaense Positivo
Informática, líder do mercado
doméstico na fabricação de PCs.
A Oracle registrou no terceiro
trimestre de seu ano fiscal -encerrado em fevereiro passado-
um crescimento de 77% nas receitas com aplicativos.
PIB MAIOR
Com o recuo de 0,3% em março em relação a fevereiro, a produção industrial fechou o primeiro trimestre com uma alta de
1,2% em relação aos três últimos
meses de 2005. Esse resultado indica um crescimento de 1,2% do
PIB de janeiro a março contra o
trimestre anterior, com ajuste sazonal, prevê a equipe econômica
do Itaú. Outro destaque é a expansão dos investimentos: a
aposta é que a formação bruta de
capital fixo cresceu perto de 10%
ante igual período de 2005.
Próximo Texto: Gás põe plano energético do país em xeque Índice
|