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Esquerda fica em apreensão
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MONTEVIDÉU
A aproximação com os Estados
Unidos e o afastamento do Mercosul estão causando um clima de
insatisfação dentro do partido governante, a esquerdista Frente
Ampla (com suas 21 vertentes), e
na PI-CNT, considerada a principal central sindical do Uruguai. O
sentimento, para muitos aliados
do presidente uruguaiano Tabaré
Vázquez, é de apreensão.
""Essas declarações do presidente são preocupantes, especialmente pelo tom utilizado. Cada
vez estamos nos separando mais
do Mercosul e nos aproximando
dos Estados Unidos", disse em
tom de crítica o secretário-geral
do PIT-CNT, Juan Castillo.
Críticas
Integrante da Frente Ampla e
com origem no Partido Comunista, Castillo completa: ""Tudo isso
não estava no programa do governo".
A Folha ouviu outros integrantes da Frente Ampla e inclusive do
próprio governo, que se manifestaram sob a condição do sigilo.
Até mesmo no Partido Socialista,
há críticas ao afastamento do
Mercosul e à aproximação com os
Estados Unidos. A idéia geral é
que deve ser preservado o bloco
regional.
Programas sociais
Na área social, a ministra Marina Arismendi (Desenvolvimento
Social), que implementou o Panes
(Plano de Atenção à Emergência
Social) -programa de auxílio social que mantém semelhanças
com o brasileiro Bolsa-Família-
e, na Frente Ampla, tem como
origem o Partido Comunista (é a
representante dessa vertente no
ministério), trava algumas disputas internas para conseguir mais
recursos.
As autoridades se preocupam
em evitar uma queda de qualidade social do país, que conta ainda
com índices altos, de, por exemplo, apenas 2,7% de analfabetismo e expectativa de vida de 74,6
anos.
(LG)
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