GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

As cadernetas de poupança tiveram captação líquida negativa de R$ 1,19 bilhão em maio último. Os depósitos, segundo o Banco Central, totalizaram R$ 36,18 bilhões, e os saques, R$ 37,37 bilhões.
O BC aponta como perda líquida apenas R$ 513 milhões porque, desde outubro do ano passado, compara saldos. Ou seja, inclui juros e correção no cálculo.
Tanto a saída superou R$ 513 milhões que o saldo total encolheu de R$ 110,376 bilhões, em 28 de abril, para R$ 109,862 bilhões, em 31 de maio, apesar de correção e juros de 0,66% (na média).
Só por esse efeito, o saldo em 31 de maio deveria estar em R$ 111,1 bilhões, mas caiu para R$ 109,9 bilhões: menos R$ 1,2 bilhão.
Esses recursos envolvem tanto o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) quanto a poupança rural ou "verde", concentrada no Banco do Brasil.
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) prefixados também tiveram captação líquida negativa de cerca de R$ 1,2 bilhão, embora os dados do BC indiquem ganho líquido de R$ 1,745 bilhão.
O saldo em 28 de abril dos CDBs prefixados era de R$ 87,245 bilhões, e em 31 de maio, de R$ 88,990 bilhões, aparentemente um avanço. No período, entretanto, houve rendimento médio de 1,40% (taxa bruta).
Hoje o BC fecha os dados dos FIFs (fundos de investimento), que devem ter captação líquida positiva por volta de R$ 3 bilhões. Pelo método do BC, até o dia 30 o ganho era de R$ 5,5 bilhões.



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