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PRIVATIZAÇÃO
Ministro requisitou adiamento da venda porque o Banco Central não entregou documentos no prazo
TCU decide hoje se mantém data do leilão do Banespa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O TCU (Tribunal de Contas da
União) deverá se reunir hoje para
decidir se determina ou não o
adiamento do leilão de privatização do Banespa, que atualmente
está marcado para 18 de julho.
Na semana passada, o ministro-substituto Lincoln Magalhães da
Rocha propôs que seja fixada
uma nova data do leilão porque o
BC não entregou no prazo ao
TCU documentos sobre a venda.
O pedido só não foi julgado na
semana passada porque o ministro Humberto Souto pediu vistas
do processo. Ele anunciou que devolverá o processo hoje.
Caberá ao próprio plenário decidir se vai analisar ainda hoje a
proposta de adiamento do leilão.
Rocha não poderá defender sua
proposta pessoalmente, pois o
ministro titular Bento José Bugarin reassumiu sua vaga.
Rocha sustenta que o BC não
respeitou a regra que determina
que as informações sobre privatizações sejam encaminhadas ao
TCU 60 dias antes da realização
do leilão. No caso do Banespa, o
prazo venceu em 18 de maio.
Na semana passada, o BC entregou as auditorias e a avaliação
econômico-financeira feitas pelo
Banco Fator, instituição contratada pelo BC para assessorar a privatização. O BC encaminhou ontem os estudos elaborados pela
Booz Allen, a empresa contratada
pelo governo de São Paulo.
O BC sustenta que só não encaminhou a documentação no prazo estabelecido pelas regras do
TCU porque liminares paralisaram o processo de privatização.
O presidente do STJ (Superior
Tribunal de Justiça), ministro
Paulo Costa Leite, decidiu ouvir o
Ministério Público antes de se
pronunciar sobre recurso do governo que visa a derrubar duas liminares contra a venda do banco.
Na quinta passada, o plenário
do TRF (Tribunal Regional Federal) restabeleceu liminares em
duas ações do Sindicato dos Bancários de São Paulo que questionam a venda do Banespa.
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