São Paulo, quarta-feira, 07 de junho de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO
Ações da Globo Cabo caem 5,34% e ajudam a fazer com que Bolsa feche com baixa de 0,47%
Instabilidade no México assusta Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

A instabilidade política do México foi uma das principais causas do resultado negativo registrado pela Bovespa ontem. A Bolsa paulista fechou com baixa de 0,47%, depois de operar em alta durante grande parte do dia.
A Bolsa mexicana caiu 4,64% devido à preocupação com as eleições presidenciais mexicanas, que serão realizadas no próximo dia 2 de julho.
O clima é tenso entre os presidenciáveis. Há 71 anos, o governo está nas mãos do PRI (Partido Revolucionário Institucional). Os candidatos da situação e da oposição estão praticamente empatados, segundo pesquisas de opinião realizadas no país.
Por um lado, a oposição acusa o governo de, em caso de derrota nas urnas, tentar fraudar as eleições para permanecer no poder. A situação rebate dizendo que, em caso de vitória da oposição, o caos vai se instalar no país.
Segundo Marcelo Guterman, do Lloyds Asset Management, a forte queda da Bolsa do México acabou causando um "certo desconforto" entre os investidores da Bovespa.
Outro fator que puxou a Bolsa paulista para baixo foi a forte queda registrada pelas ações da Globo Cabo. Ontem, elas caíram 5,34%. Foi a maior desvalorização entre os papéis que compõem o Ibovespa.
De acordo com José Osvaldo Morales Jr., da corretora Novinvest, a volatilidade das ações da empresa é alta porque a quantidade de contratos de opções com base nelas é muito grande.
Isso faz com que os papéis negociados no mercado à vista sejam alvo de muita especulação. A opção é uma operação feita, geralmente, por quem quer se proteger de futuras oscilações na cotação das ações.
Até o vencimento, o dono da opção pode decidir se compra as ações pelo preço prefixado. Antes, no entanto, acontece uma disputa: quem apostou na alta (os "comprados") tenta puxar o preço das ações para cima, e quem apostou na baixa ("vendidos") tenta fazer o contrário.
Essas oscilações ficam ainda maiores com a proximidade do vencimento dessas opções, que neste mês está previsto para o próximo dia 19.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)


Com as agências internacionais


Texto Anterior: Governo negocia, e funcionários da Eletrobrás suspendem greve de hoje
Próximo Texto: Exploração: Brasil leiloa mais 23 áreas para petróleo
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.