São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa registra desvalorização de 2,23%, enquanto dólar e taxas de juros futuros fecham em alta

Petróleo afeta o desempenho das Bolsas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa interrompeu o bom momento vivido nos últimos pregões. Colada ao mau desempenho do mercado externo, a Bolsa caiu 2,23%. O dólar fechou em alta de 0,76%, a R$ 3,048.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções das taxas de juros futuros fecharam em alta.
A alta do barril de petróleo, que subiu a seu maior nível em um mês, afetou negativamente o mercado internacional. A explicação para a alta do produto está no receio de desabastecimento devido a problemas com as exportações do Iraque, da Nigéria e da Rússia.
Os contratos de óleo cru leve para entrega em agosto, negociados em Nova York, fecharam cotados a US$ 39,65 por barril, com alta de 3,28%. Em Londres, o barril do tipo Brent foi vendido a US$ 37,18, com elevação de 2,42%.
No Iraque, sabotagens em duas linhas de exportação no sudeste do país, no sábado, reduziram a produção à metade.
Uma greve de petroleiros na Nigéria, quinta maior produtora da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), pode prejudicar o cumprimento de contratos do produto.
Os investidores também se preocupam com os problemas financeiros da Yukos, petrolífera russa envolvida numa disputa judicial que poderá obrigá-la a pagar uma dívida de US$ 3,4 bilhões em tributos atrasados.
Segundo o "Financial Times", o controlador da empresa, Mikhail Khodorkovsky, concordou em ceder sua participação acionária para evitar a falência da Yukos.
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,62%. A Nasdaq -Bolsa de ações de empresas de alta tecnologia- fechou com perdas de 2,15%.

Títulos públicos
O Tesouro Nacional vendeu ontem R$ 2,74 bilhões em LTNs (Letras do Tesouro Nacional, títulos prefixados). Também foram vendidos R$ 4 bilhões em LFTs (Letras Financeiras do Tesouro, papéis pós-fixados).
As taxas pagas pelo governo foram menores que as do último leilão realizado. A LTN com prazo em janeiro de 2005, por exemplo, foi vendida com taxa máxima de 16,43%, contra 16,75% ao ano do leilão anterior.
O Banco Central anunciou que não irá renovar os US$ 989 milhões em dívida cambial que irão vencer na semana que vem.


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