São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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Cai contribuição de exportações no resultado

DA SUCURSAL DO RIO

Os setores mais voltados às exportações já contribuem menos para o desempenho da indústria. No acumulado deste ano (janeiro a maio), a produção de setores líderes em vendas ao exterior registrou crescimento de 3,3% na comparação com igual período de 2005, segundo o IBGE. Trata-se de uma expansão menor do que a média do setor industrial -3,3%.
Estão nessa categoria todos os ramos com mais de 20,4% do faturamento proveniente de exportações, como aeronaves, celulose, indústria extrativa mineral, couro e fumo. Em 2005, a produção dos setores exportadores cresceu 3,1%, exatamente no mesmo nível da média da indústria.
Em 2003 e 2004, os líderes em exportação puxaram a indústria para cima, com crescimento de 3,2% e 9,9%, respectivamente. Em 2004, a indústria cresceu, em média, 8,3%. Em 2003, a produção média ficou estável, ou seja, os ramos exportadores impediram uma retração do setor.
Para Bráulio Borges, economista da consultoria LCA, o câmbio é responsável pela menor contribuição exportadores. "É claramente um efeito do câmbio, que estimula as importações. A apreciação do real, por outro lado, desestimula as exportações de bens. Um exemplo claro são a exportações de veículos", disse.
Na avaliação de Estêvão Kopschitz, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o impacto mais importante do câmbio é na contenção de exportações, o que limita a produção de alguns ramos.


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