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Cai contribuição de exportações no resultado
DA SUCURSAL DO RIO
Os setores mais voltados às
exportações já contribuem menos para o desempenho da indústria. No acumulado deste
ano (janeiro a maio), a produção de setores líderes em vendas ao exterior registrou crescimento de 3,3% na comparação
com igual período de 2005, segundo o IBGE. Trata-se de uma
expansão menor do que a média do setor industrial -3,3%.
Estão nessa categoria todos
os ramos com mais de 20,4% do
faturamento proveniente de
exportações, como aeronaves,
celulose, indústria extrativa
mineral, couro e fumo. Em
2005, a produção dos setores
exportadores cresceu 3,1%,
exatamente no mesmo nível da
média da indústria.
Em 2003 e 2004, os líderes
em exportação puxaram a indústria para cima, com crescimento de 3,2% e 9,9%, respectivamente. Em 2004, a indústria cresceu, em média, 8,3%.
Em 2003, a produção média ficou estável, ou seja, os ramos
exportadores impediram uma
retração do setor.
Para Bráulio Borges, economista da consultoria LCA, o
câmbio é responsável pela menor contribuição exportadores.
"É claramente um efeito do
câmbio, que estimula as importações. A apreciação do real,
por outro lado, desestimula as
exportações de bens. Um
exemplo claro são a exportações de veículos", disse.
Na avaliação de Estêvão
Kopschitz, do Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada), o impacto mais importante
do câmbio é na contenção de
exportações, o que limita a produção de alguns ramos.
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