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Produtos agrícolas pressionam, e IGP-DI tem alta de 0,67% no mês
Na contra-corrente, varejo registra deflação e confirma observação da Fipe
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Puxado pela elevação dos
preços agrícolas no atacado, o
IGP-DI (Índice Geral de Preços
- Disponibilidade Interna) subiu de 0,38% em maio para
0,67% em junho, maior taxa
desde março de 2005 (0,99%),
segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas).
Pressionado por aumentos
de produtos agrícolas (1,66%)
-como cana-de-açúcar
(8,57%) e arroz (11,59%)-, o
IPA (Índice de Preços por Atacado) teve alta de 1,06% em junho, a maior também desde
março de 2005 (1,14%). Os preços no atacado haviam subido
menos em maio -0,46%.
Os produtos industriais ajudaram a puxar o IPA, com alta
de 0,88% em junho. Em maio, a
variação havia sido de 0,67%.
Um dos destaques foi o reajuste
de 13,10% do ferro gusa, matéria-prima do aço.
Na contramão do atacado, o
varejo segue em deflação. O
IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou queda de
0,40% em junho, contra retração de 0,19% em maio. O índice
teve, em junho, a menor variação desde agosto de 2005 (-0,44%). E confirmou a tendência apontada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) anteontem, que registrou deflação de 0,31% em
junho apenas para a cidade de
São Paulo. O IPC-DI é pesquisado em 12 capitais.
A maior contribuição negativa para o IPC veio do grupo alimentação, cujos preços caíram,
em média, 1,68%. Os destaques
foram os produtos "in natura"
como tomate (-23,20%) e mamão papaia (-13,59%). A queda
dos preços dos combustíveis
colaborou com o resultado. Sob
impacto da redução de 6,54%
do álcool em junho, a gasolina
(composta em 20% pelo produto) caiu 0,94%. Os dois combustíveis fizeram o grupo de
transportes recuar 0,49%.
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