|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Três são presos por tentar vender para Pepsi segredos da Coca-Cola
Esquema começou a ser revelado com a colaboração da empresa concorrente
DA FOLHA ONLINE
Uma assistente administrativa da gigante das bebidas Coca-Cola e outros dois homens foram presos anteontem nos
EUA sob acusação de roubar
documentos confidenciais e
uma amostra secreta de um novo produto que teriam tentado
vender à rival Pepsi.
O esquema começou a ser
desvendado depois que a Pepsi
informou a concorrente. Depois, um agente disfarçado do
FBI (polícia federal dos EUA)
pagou US$ 30 mil, transportados em uma caixa de biscoitos,
a um dos suspeitos, Ibrahim
Dimson. Ele e Edmund Duhaney estão presos, e a funcionária da Coca-Cola Joya Williams
foi libertada sob fiança.
Segundo o procurador do Estado da Geórgia, David Nahmias, "o roubo de segredos comerciais valiosos não será tolerado nem pelo Departamento
de Justiça, nem pelos concorrentes, como o caso mostrou".
No dia 19 de maio, a Pepsi enviou à sede da rival, em Atlanta,
uma cópia de uma carta que recebeu em um envelope timbrado da Coca-Cola. O remetente
-que, segundo o FBI, foi Dimson- se identificou como
"Dirk". Na carta, ele afirmou
ser um funcionário de alto escalão da empresa e oferecia "informações confidenciais e bastante detalhadas". A Coca-Cola
informou o FBI em seguida.
A assistente administrativa
foi identificada, por meio de
gravações telefônicas, como a
fonte da informação de Dimson. Ela também foi filmada no
sistema de segurança da Coca-Cola vasculhando arquivos e
colocando documentos em sacolas. Williams foi vista ainda
nas fitas da segurança colocando em sua bolsa um frasco com
um rótulo branco e que correspondia à descrição do frasco de
um novo produto que vem sendo desenvolvido pela empresa
-o que foi comprovado pela
Coca-Cola.
No mesmo dia em que o
agente do FBI pagou para Dimson US$ 30 mil pelos documentos, ele entrou em contato com
Williams e com Duhaney, segundo gravações telefônicas.
Duhaney abriu uma conta conjunta com Dimson para receber
US$ 1,5 milhão prometido pelo
agente para ficar com o restante dos documentos confidenciais. De acordo com a promotoria, o depósito deveria ter
ocorrido ontem.
Segundo o diário americano
"The Wall Street Journal", o
presidente e executivo-chefe
da Coca-Cola, Neville Isdell,
disse em um memorando que
"embora essa falha de confiança seja difícil de aceitar, ela ressalta a responsabilidade que cada um tem de ser vigilante na
proteção de nossos segredos
comerciais". O porta-voz da
companhia, Ben Deutsch, informou que entre as informações roubadas pelos três não
estava a fórmula do refrigerante Coca-Cola.
Texto Anterior: Participação em vôos internacionais caiu de 72% em janeiro para 54% agora Próximo Texto: Política monetária: Banco Central Europeu decide manter os juros em 2,75% Índice
|