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MERCADO FINANCEIRO
Dólar cai e Bolsa sobe com desoneração tributária, emprego americano e recomendação maior para títulos
Pacote, EUA e JP Morgan animam investidor
DA REPORTAGEM LOCAL
Diferentes notícias aliviaram o
efeito das recentes denúncias
contra o presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, e o
mercado financeiro recuperou
parte das perdas registradas na
quinta-feira.
Ontem, o banco americano JP
Morgan elevou sua recomendação para títulos da dívida do Brasil. Esse tipo de decisão pesa na
hora de o investidor estrangeiro
decidir em títulos de que país irá
aplicar seus recursos.
O dólar encerrou os negócios de
ontem com queda de 1,24%, vendido a R$ 3,033. As projeções dos
juros futuros, que haviam subido
com força na quinta, fecharam
ontem em baixa nos contratos negociados na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros).
Os dados sobre a criação de emprego nos Estados Unidos abaixo
do esperado foram outro ponto
importante para trazer alívio ao
mercado, por demonstrarem um
aquecimento econômico menor
que o esperado. Para os emergentes, a notícia é positiva, pois limita
a expectativa de os EUA elevarem
os juros -o que torna seus ativos
mais atrativos.
O pacote de desoneração tributária para o mercado financeiro
também foi encarado como positivo.
Nesse cenário, os títulos da dívida brasileira subiram no exterior
e derrubaram o risco-país. Os C-Bonds fecharam com alta de 1,7%.
O risco-país, que havia subido
1,34% na quinta-feira, recuou
1,82% ontem.
Para o JP Morgan, o cenário externo é agora mais favorável ao
Brasil e aos países emergentes em
geral. Isso o motivou a elevar a recomendação para Brasil e Turquia. Em abril, o JP Morgan havia
reduzido sua recomendação para
títulos brasileiros, devido ao risco
de elevação dos juros nos EUA.
Altos e baixos
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve uma um dia positivo e registrou alta de 1,51%. Mas, no acumulado da semana, a Bovespa teve perdas de 3,06%.
Segundo a agência Reuters, a
cotação maior do petróleo não
prejudica a balança comercial
brasileira, e mesmo o risco de aumento do juro doméstico, em resposta a um eventual repique da
inflação, não altera os fundamentos da economia do país, que são
positivos. No relatório, o banco
americano também não faria nenhuma menção à crise política no
Brasil.
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