São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Dólar cai e Bolsa sobe com desoneração tributária, emprego americano e recomendação maior para títulos

Pacote, EUA e JP Morgan animam investidor

DA REPORTAGEM LOCAL

Diferentes notícias aliviaram o efeito das recentes denúncias contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o mercado financeiro recuperou parte das perdas registradas na quinta-feira.
Ontem, o banco americano JP Morgan elevou sua recomendação para títulos da dívida do Brasil. Esse tipo de decisão pesa na hora de o investidor estrangeiro decidir em títulos de que país irá aplicar seus recursos.
O dólar encerrou os negócios de ontem com queda de 1,24%, vendido a R$ 3,033. As projeções dos juros futuros, que haviam subido com força na quinta, fecharam ontem em baixa nos contratos negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Os dados sobre a criação de emprego nos Estados Unidos abaixo do esperado foram outro ponto importante para trazer alívio ao mercado, por demonstrarem um aquecimento econômico menor que o esperado. Para os emergentes, a notícia é positiva, pois limita a expectativa de os EUA elevarem os juros -o que torna seus ativos mais atrativos.
O pacote de desoneração tributária para o mercado financeiro também foi encarado como positivo.
Nesse cenário, os títulos da dívida brasileira subiram no exterior e derrubaram o risco-país. Os C-Bonds fecharam com alta de 1,7%. O risco-país, que havia subido 1,34% na quinta-feira, recuou 1,82% ontem.
Para o JP Morgan, o cenário externo é agora mais favorável ao Brasil e aos países emergentes em geral. Isso o motivou a elevar a recomendação para Brasil e Turquia. Em abril, o JP Morgan havia reduzido sua recomendação para títulos brasileiros, devido ao risco de elevação dos juros nos EUA.

Altos e baixos
A Bolsa de Valores de São Paulo teve uma um dia positivo e registrou alta de 1,51%. Mas, no acumulado da semana, a Bovespa teve perdas de 3,06%.
Segundo a agência Reuters, a cotação maior do petróleo não prejudica a balança comercial brasileira, e mesmo o risco de aumento do juro doméstico, em resposta a um eventual repique da inflação, não altera os fundamentos da economia do país, que são positivos. No relatório, o banco americano também não faria nenhuma menção à crise política no Brasil.


Texto Anterior: Poço sem fundo: Após recordes sucessivos, petróleo encerra semana com queda de preço
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.