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Mesmo com o menor crescimento da economia, Brasil é vedete entre os Brics
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de ficar para trás do
grupo em desempenho econômico, o Brasil é vedete entre os
Brics. O país tem o maior peso
na cesta do novo índice Bric de
ADRs do Bank of New York e é
o "favorito" da firma Franklin
Templeton Investments, uma
das líderes em "Brics funds".
Em junho, lançaram o primeiro "Bric fund" nos EUA,
além de outros já listados no
Canadá e Luxemburgo. Segundo a firma, o Brasil é um dos favoritos porque têm um forte
mercado consumidor, exportações com baixo custo e, em
2005, uma certa imunidade dos
mercados financeiros a escândalos políticos.
Segundo o gestor do fundo,
ele traz um grande risco pelo
número limitado de empresas
nas quais investir. "O fundo
Bric será mais volátil que os
fundos de mercados emergentes porque é um corte dos quatro mercados com maior crescimento", disse Mark Mobius.
"O lado bom é estar exposto
aos mercados mais interessantes, com massas de população e
terra. O lado ruim é que há menos diversificação", afirmou.
Detalhes do investimento
não foram fornecidos, mas outro fundo Bric administrado
por ele colocou cerca de um terço de US$ 50 milhões em posições brasileiras em dezembro.
Foi também em junho que o
Bank of New York lançou o Bric
ADR Index, que segue o desempenho dos papéis de 75 empresas dos Brics listadas nos EUA
-32 do Brasil, 27 da China, 10
da Índia e 6 da Rússia. Entre as
brasileiras, Petrobras, Embraer, Vale do Rio Doce, Brasil
Telecom e Gerdau.
Segundo o banco, muitos
fundos começam a focar em
Brics e há uma estratégia de foco nos quatro países dentro de
fundos mais amplos. Além disso, já receberam diversos pedidos de licenciamento do uso do
índice Bric.
De maio até meados de junho, a queda de preços de ADRs
brasileiras foi de 20,7%, segundo Bank of New York. Mas esse
mergulho foi visto como boa
oportunidade de compra pelos
investidores que apostam na
onda Bric.
De fato, de 15 de junho até o
final de julho a recuperação dos
índices de ADRs do Brasil e dos
Brics foi de 12%. Já o índice para mercados emergentes em
geral no mesmo período subiu
8,8%.
(LS)
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