São Paulo, segunda-feira, 07 de agosto de 2006

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Mesmo com o menor crescimento da economia, Brasil é vedete entre os Brics

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar de ficar para trás do grupo em desempenho econômico, o Brasil é vedete entre os Brics. O país tem o maior peso na cesta do novo índice Bric de ADRs do Bank of New York e é o "favorito" da firma Franklin Templeton Investments, uma das líderes em "Brics funds".
Em junho, lançaram o primeiro "Bric fund" nos EUA, além de outros já listados no Canadá e Luxemburgo. Segundo a firma, o Brasil é um dos favoritos porque têm um forte mercado consumidor, exportações com baixo custo e, em 2005, uma certa imunidade dos mercados financeiros a escândalos políticos.
Segundo o gestor do fundo, ele traz um grande risco pelo número limitado de empresas nas quais investir. "O fundo Bric será mais volátil que os fundos de mercados emergentes porque é um corte dos quatro mercados com maior crescimento", disse Mark Mobius.
"O lado bom é estar exposto aos mercados mais interessantes, com massas de população e terra. O lado ruim é que há menos diversificação", afirmou.
Detalhes do investimento não foram fornecidos, mas outro fundo Bric administrado por ele colocou cerca de um terço de US$ 50 milhões em posições brasileiras em dezembro.
Foi também em junho que o Bank of New York lançou o Bric ADR Index, que segue o desempenho dos papéis de 75 empresas dos Brics listadas nos EUA -32 do Brasil, 27 da China, 10 da Índia e 6 da Rússia. Entre as brasileiras, Petrobras, Embraer, Vale do Rio Doce, Brasil Telecom e Gerdau.
Segundo o banco, muitos fundos começam a focar em Brics e há uma estratégia de foco nos quatro países dentro de fundos mais amplos. Além disso, já receberam diversos pedidos de licenciamento do uso do índice Bric.
De maio até meados de junho, a queda de preços de ADRs brasileiras foi de 20,7%, segundo Bank of New York. Mas esse mergulho foi visto como boa oportunidade de compra pelos investidores que apostam na onda Bric.
De fato, de 15 de junho até o final de julho a recuperação dos índices de ADRs do Brasil e dos Brics foi de 12%. Já o índice para mercados emergentes em geral no mesmo período subiu 8,8%. (LS)


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