|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bolsa de SP interrompe escalada e recua 1,12%
Dado de emprego nos EUA
gera cautela; dólar sobe
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São
Paulo não resistiu. Com os
mercados acionários mais fracos nos EUA, encerrou ontem
no vermelho, em baixa de
1,12%, a 55.754 pontos.
No dia anterior, a valorização
da Bolsa no ano havia alcançado os 50%. Com os ganhos em
patamares tão elevados, uma
realização de lucros (que é a
venda de ações para embolsar
ganhos) era esperada.
O mercado de câmbio atravessou um dia menos animador. O dólar, que na quarta chegou a ser negociado a R$ 1,808,
registrou apreciação de 1,49% e
fechou a R$ 1,837.
Nos EUA, o Dow Jones recuou 0,27%, e a Nasdaq, 1%.
A agenda econômica de hoje
pesou para a maior cautela de
ontem. O governo dos EUA vai
apresentar os números do mercado de trabalho. Os investidores estarão atentos aos indicadores, que têm força para agitar
os mercados financeiros.
Pesquisa da Reuters mostrou
que a expectativa é que chegue
a 320 mil o número de trabalhadores que perderam o emprego em julho. Se confirmado,
será o menor número mensal
desde setembro de 2008.
"Nas últimas semanas, os
preços dos ativos financeiros
globais passaram a precificar a
expectativa de retomada mais
sólida e vigorosa do crescimento mundial", diz Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
"Com isso, está cada vez mais
evidente que a persistência das
altas nos mercados será possível apenas se os indicadores
macroeconômicos e os números corporativos confirmarem
essa perspectiva mais otimista
embutida nos preços. Sinais
que indiquem exageros das altas recentes farão os investidores buscarem posições mais defensivas", diz Tavares.
A Bovespa ainda computa valorização de 48,48% em 2009.
No mês, a alta é de 1,81%.
Dinheiro externo
A continuidade na entrada de
capital externo na Bolsa brasileira tem sido fundamental para mantê-la no azul no mês.
Após os R$ 2,2 bilhões de saldo
positivo marcado no mês passado, agosto começou em ritmo
forte. Nos primeiros três dias
do mês, o balanço do capital externo na Bolsa estava positivo
em R$ 557,8 milhões.
Entre os papéis mais negociados, e que costumam atrair
os estrangeiros, houve perdas
mais fortes no segmento bancário: a ação ordinária do Banco do Brasil perdeu 3,89%, Bradesco PN caiu 1,31%, e Itaú
Unibanco PN recuou 0,82%. A
ação PN da Petrobras caiu
1,29%, e a PNA da Vale, 1,20%.
Na agenda brasileira, o destaque do dia é a divulgação do
IPCA de julho. Como esse é o
índice de preços que o BC utiliza para monitorar sua meta,
costuma ser aguardado com
maior ansiedade pelo mercado.
Se a meta estiver sob controle, a autoridade monetária não
deve fazer mudanças inesperadas na Selic.
Ontem, no pregão futuro da
BM&FBovespa, os contratos de
juros que vencem no fim do ano
fecharam com taxa de 8,66%, o
que mostra que o mercado conta com a manutenção da Selic
(hoje em 8,75%) até dezembro.
Já no contrato que tem vencimento no fim de 2010, a taxa
está em 9,83%, com os investidores mais cautelosos em relação ao futuro.
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Seguradora: Ex-presidente da AIG paga multa de US$ 15 milhões Próximo Texto: Tim: Anatel aprova a compra de Intelig Índice
|