São Paulo, sexta-feira, 07 de setembro de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Empresas cuidam mais dos funcionários

A ameaça de aumento no valor do SAT (seguro de acidente de trabalho) tem feito com que as indústrias cuidem mais de seus funcionários. É o que indica pesquisa feita pela consultoria Marsh Risk Consulting junto a 137 fábricas e 135 mil trabalhadores, que constatou a redução no custo médio dos acidentes de R$ 9.700 para R$ 4.600, de 2005 para 2006.
O índice de sinistralidade ficou em 11,9% do total e foi o menor em sete anos. Além disso, a média de dias perdidos passou de 25, em 2005, para 15, no ano passado. O número de mortes caiu de cinco para uma.
"A freqüência dos acidentes aumentou marginalmente, mas eles foram de menor gravidade em 2006", diz Sérgio Duarte Cruz, consultor que coordena o estudo desde 1990.
Segundo Cruz, a mudança foi causada pelas mudanças na legislação de seguridade social. A partir de agora, cada empresa pagará o SAT de acordo com o número de acidentes de trabalho e sua gravidade. Em alguns casos, o aumento do seguro pode superar 100%. Ou significar redução de 50% na alíquota paga. Até então, todas as empresas pagavam entre 1% e 3% sobre a folha salarial, independentemente dos afastamentos.
Nem tudo melhorou para os trabalhadores, no entanto. De acordo com a pesquisa, 23% dos acidentes de trabalho ocorreram com funcionários terceirizados. Eles correspondem a apenas 6% do universo de entrevistados. "Isso significa, no mínimo, que eles não recebem treinamento adequado", diz.
As empresas também têm de melhorar os cuidados com seus próprios empregados em diversas áreas. O levantamento mostrou que 30% dos 1.729 acidentes seguidos de afastamentos foram causados por problemas ergonômicos. Outros 20% referem-se a acidentes de trajeto entre a casa e o local de trabalho. "Além do trânsito nas grandes cidades, muitos acidentes acontecem por causa no aumento no uso de motocicletas", afirma Cruz.

Wal-Mart disputa GBarbosa

O Wal-Mart é o favorito a levar o GBarbosa, uma das maiores redes de supermercado do Nordeste. O fundo de private equity (de participações em empresas fechadas) Acon, controlador da GBarbosa, irá receber propostas pela rede até a próxima semana, antes de levar em frente o processo de abertura de capital.
O Wal-Mart, no entanto, é o maior interessado. Com a aquisição, a rede americana consolidaria sua posição na região e impediria a chegada da concorrência. Mesmo passando a ter forte participação na área, uma pessoa próxima à negociação afirma que não deverá haver problemas com o Cade, já que o varejo de alimentos na região é bastante pulverizado. A rede fatura R$ 1,4 bilhão ao ano e o valor da venda está sendo estimado em R$ 640 milhões.

MERCADO EDITORIAL: HACHETTE LIVRE COMPRA EDITORA ESCALA EDUCACIONAL
A venda da Escala Educacional para o grupo Anaya, que pertence à franco-espanhola Hachette Livre, envolveu troca de ações entre os dois grupos. A Anaya passou a deter 51% da Escala Educacional e o grupo Escala ficou com 49% do controle da Editora Larousse do Brasil. É o segundo grande negócio da Hachette Livre na América Latina, no último mês. A empresa acaba de comprar o grupo mexicano Editorial Patria e diz querer ganhar musculatura na região. A operação da Larousse tinha sido transferida para o prédio da Escala, em São Paulo, há duas semanas. As mudanças, no entanto, começaram a acontecer há alguns meses, quando a Escala Educacional contratou diversos funcionários da editora Ática/ Scipione, especializados em livros didáticos.

Eric Thayer - 05.set.07/Reuters
POP IN THE CITY A cantora Gwen Stefani é acompanhada de seu filho Kingston, de um ano; Stefani, que abriu a semana de moda de NY com o desfile de sua marca L.A.M.B., na quarta-feira, confirma a tendência de celebridades que lançam marcas e rivalizam com estilistas -Sarah Jessica Parker e Jennifer Lopez são outros dois exemplos; seus "looks" com ar retrô em branco e preto foram considerados um dos destaques do primeiro dia da semana de NY pela crítica local

SEGURADO
O grupo francês Coface, de seguro de crédito, aumentou seu número de apólices corporativas. A empresa fechou o primeiro semestre com 60 apólices empresariais, contra 39 no mesmo período de 2006. Hoje a Coface administra contratos com importância segurada de R$ 11,7 bilhões no país. Os maiores tomadores do seguro estão nos mercados de alimentos, siderúrgico e farmacêutico. Segundo o presidente da empresa no Brasil, Fernando Blanco, o plano é comprar o controle acionário da SBCE (Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação).

CIMENTO
O nível de emprego da construção pesada teve alta de 5,87% em julho em relação a junho, com a admissão de 2.077 trabalhadores. Segundo o Sinicesp (da indústria da construção pesada), no acumulado dos últimos 12 meses há alta de 8,01%, com a abertura de 2.778 postos de trabalho. Em julho de 2006, o setor empregava 34.703 trabalhadores. Em julho deste ano, as empresas do Sinicesp contabilizaram 37.481 empregados. Quando o estudo começou a ser feito, em 1986, o setor empregava mais de 130 mil pessoas.

PERFUMARIA
Gisele Bündchen é o rosto escolhido para representar a nova fragrância de Cacharel, a Liberté, que chega ao Brasil neste mês.

ENERGIA
O consumo total de energia no mercado livre subiu 3,2% no primeiro semestre, ante o mesmo período de 2006, de 8.784 MW médios para 9.072 MW médios. O desempenho da indústria impulsionou a alta. Durante o período, o mercado representou 25% do consumo registrado pelo Sistema Interligado Nacional. O valor da economia acumulada pelas empresas deste segmento no primeiro semestre, segundo a Comerc Energia, foi de R$ 2 bilhões, o que representa uma economia de cerca de 25% em relação às tarifas que estariam pagando no mercado cativo de energia.

CONSUMO
Em média, no primeiro semestre o custo médio do consumidor livre foi de R$ 152,82/MWh e o do cativo, R$ 203,73/MWh. Em relação ao consumo total do país apresentado pelo SIN, os valores passaram de 46.545 MW médios no primeiro semestre do ano passado para 49.057 MW médios no primeiro semestre deste ano, segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

CHAMADA
A Oi implantará na unidade carioca do Hotel Fasano, em Ipanema, uma solução convergente que pode ser usada como telefone móvel e ramal de telefone ao mesmo tempo. O hóspede pode usar o Oi como ramal sem fio dentro do hotel ou telefone móvel na rua.


com ISABELLE MOREIRA LIMA, JOANA CUNHA e CRISTIANE BARBIERI

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