FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O governo do Estado de São Paulo, de José Serra, vai criar um fundo cujos recursos serão destinados a uma PPP (Parceria Público-Privada) para a duplicação da rodovia dos Tamoios, principal ligação entre a capital paulista e o litoral norte.
De acordo com Mauro Arce, secretário estadual dos Transportes, os recursos desse fundo virão do dinheiro pago ao governo pelas empresas que assumirem as concessões das rodovias D. Pedro 1º, Ayrton Senna e Carvalho Pinto.
O anúncio do pacote de concessões foi feito há duas semanas. A Tamoios foi excluída, sob a alegação de que o tráfego médio na rodovia, considerado baixo, não renderia o suficiente em pedágio para atrair investidores.
O plano de duplicar a Tamoios e concedê-la à iniciativa privada foi anunciado no governo anterior, de Geraldo Alckmin (PSDB), como parte do projeto de criação de corredor de exportação ligando Campinas (95 km de SP) ao porto de São Sebastião.

Recurso público
O secretário disse ainda que o governo poderá injetar mais dinheiro público na obra. "Se se chegar à conclusão de que esse recurso [do fundo] é insuficiente para tornar a PPP viável, o Estado vai pôr mais dinheiro."
De acordo com Arce, o que também inviabilizou a inclusão da Tamoios no pacote foi o fato de o governo ainda não ter projeto nem saber quanto custaria a duplicação do trecho de serra.
Para tornar o investimento mais atrativo, o governo decidiu que a duplicação será feita por PPP. Ou seja, os custos da obra serão divididos entre o Estado e a empresa que se interessar em administrar a rodovia.


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