São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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Bolsas mundiais perdem US$ 10 tri no ano, diz estudo

ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

As principais Bolsas mundiais perderam US$ 4 trilhões no mês passado (ou três PIBs brasileiros) no mês passado, um dos mais turbulentos na história recente dos mercados financeiros. No ano, as empresas negociadas em Bolsa já perderam US$ 10,4 trilhões do seu valor de mercado, que é praticamente a soma das economias de Japão, Alemanha e China (segunda, terceira e quarta maiores do mundo, respectivamente) e 75% da dos EUA.
Apesar de o centro das preocupações ser os Estados Unidos, o impacto nos mercados globais foi muito maior que no americano, que foi um dos menos caíram no mês. Enquanto a Bolsa americana registrou queda de 9,13%, a média mundial foi de recuo de 11,97%, segundo levantamento mensal da Standard & Poor's com 52 mercados. Ainda assim, quase US$ 1,5 trilhão foi varrido das Bolsas americanas em setembro.
Já os mercados emergentes, liderados por Brasil e Rússia, tiveram o seu pior mês em mais de dez anos -e o quinto mês consecutivo de desvalorização.
Em setembro, as companhias negociadas nas Bolsas desses países tiveram queda de 18,52% no seu valor de mercado, com Rússia (23,97%) e Brasil (23,35%) registrando os maiores recuos. Todos os 26 mercados emergentes tiveram um mês negativo e 20 deles registram queda de mais de 10%.
No Brasil, as empresas tiveram queda de mais de US$ 240 milhões em seu valor de mercado em setembro. E os mercados do país -que até agosto eram um dos poucos em alta no acumulado do ano- agora registram queda de 21,67% no ano.
De acordo com a Standard & Poor's, parte da queda se deve à redução na estimativas de crescimento dos países emergentes, que no início do ano dizia-se que poderiam se descolar das principais economias mundiais. No caso americano, desde a segunda metade do ano passado -quando teve início a crise-, a desaceleração já era esperada pelos investidores.


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