São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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EUA sabiam de crise no Lehman, afirma executivo

DA REDAÇÃO

Richard Fuld, o executivo que comandou o Lehman Brothers (que era o quarto maior banco de investimento dos Estados Unidos até pedir concordata há 15 dias), afirmou que os reguladores americanos sabiam havia vários meses da situação da instituição financeira.
Ele afirmou, em depoimento ao Congresso americano, que assume toda a responsabilidade pelo colapso do banco, mas disse não saber por que o Lehman Brothers foi a única instituição que não recebeu ajuda do governo americano. Um dia depois de o banco pedir concordata, Washington concedeu empréstimo de US$ 85 bilhões para a seguradora AIG.
"Eu acordo sempre pensando "o que poderia ter feito diferente?'", disse. "Essa é uma dor que ficará comigo pelo resto da vida."
Questionado se era "justo" ter recebido US$ 484 milhões do banco desde 2000, disse Fuld que a quantia era mais próxima de US$ 250 milhões, a maioria em ações do Lehman Brothers -que hoje tem um valor ínfimo.
Também ontem, o Wachovia e o Citigroup negociaram uma trégua temporária, que vale até amanhã, para tentar chegar a um acordo sobre a compra do Wells Fargo. O Citigroup entrou com uma ação em que pede US$ 60 bilhões após o Wachovia, que já tinha um acerto com ele, ter, dias depois, fechado a sua venda para o Wells Fargo, em um negócio de pouco mais de US$ 15 bilhões.


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