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Órgão dos EUA ataca subsídio
ao etanol
DE WASHINGTON
Em estudo divulgado na
sexta-feira, o Government
Accountability Office disse
que o governo dos Estados
Unidos deveria derrubar o
incentivo fiscal que dá aos
produtores norte-americanos de etanol, atualmente de
US$ 0,45 por galão do combustível (ou R$ 0,18 por litro), por ser ineficaz.
A não ser que o preço do
petróleo volte a disparar como no verão do ano passado
no hemisfério Norte, em que
o barril chegou a passar dos
US$ 140 em Nova York, o incentivo não deve estimular o
consumo doméstico de etanol, defende o escritório de
prestação de contas do governo, um braço investigativo e apartidário subordinado
ao Congresso norte-americano. O valor atual do barril é
de US$ 70.
Junto da tarifa cobrada
atualmente sobre o produto
importado, de US$ 0,54 por
galão (R$ 0,21 por litro), o incentivo é um dos principais
entraves à entrada do etanol
brasileiro no mercado dos
EUA. A prática é considerada
arcaica por quase todos os
setores da indústria, mas encontra defesa ardente na poderosa bancada ruralista do
Congresso, que representa
os interesses dos produtores
de milho, a matéria-prima do
biocombustível norte-americano.
"O etanol feito domesticamente é a estrela de nossos
esforços para reduzir nossa
dependência de combustíveis fósseis sujos e importados", disse o senador republicano Charles Grassley (Iowa), membro mais graduado
de seu partido na Comissão
de Finanças do Senado e líder dos esforços pró-subsídios, ao comentar o levantamento. "Encerrar o incentivo seria falta de visão nossa."
(SÉRGIO DÁVILA)
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