São Paulo, terça-feira, 07 de novembro de 2006

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Para CNI, real forte limita o crescimento

IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A indústria nacional recuperou o fôlego nas vendas e na oferta de empregos no terceiro trimestre deste ano, mas não o suficiente para repetir os dias de 2004.
A fotografia dos indicadores divulgados ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) indica um quadro de estagnação das vendas nos últimos três anos, em parte explicado pelo fortalecimento do real e pela maior importação de produtos para atender ao mercado interno.
Os números parecem melhores na comparação com o ano passado. Em setembro deste ano, por exemplo, a indústria vendeu 4,35% mais do que no mesmo mês de 2005. Mas apenas 0,46% a mais quando os dados são cotejados com o mesmo mês de 2004.
No acumulado do ano, os números se aproximam. De janeiro a setembro deste ano, as vendas cresceram 0,38% em relação ao mesmo período do ano passado. Já na confrontação com os números de 2004, a variação positiva foi de 0,25%.
No boletim divulgado ontem, a CNI admite que "o ritmo de crescimento poderia ter sido ainda maior, não fosse a valorização do real limitar o faturamento das firmas exportadoras".
Se não exuberante, o movimento das vendas da indústria tem sido ao menos constante nos últimos quatro trimestres, com crescimento consecutivo nos últimos 12 meses. Algo que até agora provoca reflexos na quantidade de trabalhadores do setor. Desde janeiro, houve aumento de 1,73% no pessoal, comparando com os números do mesmo período do ano passado.


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