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Para CNI, real forte limita o crescimento
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A indústria nacional recuperou o fôlego nas vendas e
na oferta de empregos no
terceiro trimestre deste ano,
mas não o suficiente para repetir os dias de 2004.
A fotografia dos indicadores divulgados ontem pela
CNI (Confederação Nacional da Indústria) indica um
quadro de estagnação das
vendas nos últimos três
anos, em parte explicado pelo fortalecimento do real e
pela maior importação de
produtos para atender ao
mercado interno.
Os números parecem melhores na comparação com o
ano passado. Em setembro
deste ano, por exemplo, a indústria vendeu 4,35% mais
do que no mesmo mês de
2005. Mas apenas 0,46% a
mais quando os dados são cotejados com o mesmo mês de
2004.
No acumulado do ano, os
números se aproximam. De
janeiro a setembro deste
ano, as vendas cresceram
0,38% em relação ao mesmo
período do ano passado. Já
na confrontação com os números de 2004, a variação
positiva foi de 0,25%.
No boletim divulgado ontem, a CNI admite que "o ritmo de crescimento poderia
ter sido ainda maior, não fosse a valorização do real limitar o faturamento das firmas
exportadoras".
Se não exuberante, o movimento das vendas da indústria tem sido ao menos constante nos últimos quatro trimestres, com crescimento
consecutivo nos últimos 12
meses. Algo que até agora
provoca reflexos na quantidade de trabalhadores do setor. Desde janeiro, houve aumento de 1,73% no pessoal,
comparando com os números do mesmo período do
ano passado.
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