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Incentivo a GNV deve ser revisto, diz Tolmasquim
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim,
defendeu que os incentivos
dados pelos Estados ao consumo de GNV (gás natural
veicular) sejam revistos.
Segundo Tolmasquim, há
um contra-senso ao se incentivar um combustível dependente de importação quando
o país é um dos principais
produtores de álcool no mercado mundial.
"Há um contra-senso aí.
Em um país em que o etanol
é exemplo mundial, não se
deve dar incentivo para se
consumir algo que se não
tem. Isso eu acho que não é
sustentável. Terá que se revisto", afirmou.
O presidente da EPE classificou as políticas de incentivo ao GNV, por parte dos
Estados, de "populismo
energético" e disse que não
se deve incentivar combustível por um preço impagável
que depois não haverá condições de ser mantido.
Tolmasquim reiterou o
discurso do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva de que os
consumidores que converteram seus carros ao GNV serão atendidos. Ele disse que
estes consumidores seguiram "de uma forma ou de outra" políticas estaduais.
"A gente tem que tentar
atender de qualquer forma o
pessoal que fez a mudança
para o GNV", disse.
"Ele [o consumidor] terá
que ser respeitado. Vai ter
que se achar alguma forma
de ele ter acesso ao gás."
Tolmasquim lembrou que
as taxas de crescimento do
mercado de GNV são bastante altas em relação à economia do país. Segundo ele,
desde 2002 o GNV vem crescendo em média 14% ao ano.
Para 2007, a projeção é de
expansão de 17%.
"Não tem nenhum recurso
natural que possa crescer
cinco vezes mais do que a
economia do país", explicou.
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