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Problema não é preço, é falta de mercado, diz Vale
No Rio, ArcelorMittal anuncia corte de 35% na produção
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Mesmo diante da forte crise
que fez a Vale cortar 10% da sua
produção, o presidente da companhia, Roger Agnelli, afastou
ontem a possibilidade de reduzir o preço do minério de ferro,
porque tal medida, segundo o
executivo, seria inócua para estimular o consumo.
"Preço hoje não é nada. A
questão é: não tem mercado.
Em algumas áreas e em algumas regiões, não tem mercado.
Hoje, baixar o preço do minério
de ferro não acrescenta nem
uma tonelada a mais vendida. O
problema não é preço. O problema é demanda", afirmou.
Neste contexto de incerteza,
Agnelli disse esperar uma negociação longa sobre o preço do
minério de ferro no próximo
ano -os reajustes normalmente ocorrem em fevereiro.
Ontem, foi a vez de a ArcelorMittal anunciar a paralisação
de um de seus altos-fornos,
uma diminuição de 35% na
produção -percentual em linha com o corte já anunciado
pela matriz na Europa. A maior
siderúrgica mundial alegou
queda na demanda e adiamento
de entrega dos pedidos já feitos.
Mesmo com os cortes na produção de aço, Agnelli descartou
reduzir a produção de minério.
Disse, porém, que o resultado
da Vale será "mais fraco" no último trimestre deste ano. "Vamos ter a chance de respirar e
fazer algum estoque estratégico", afirmou Agnelli, mostrando cautela, mas não escondendo otimismo com o futuro.
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