São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2008

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Problema não é preço, é falta de mercado, diz Vale

No Rio, ArcelorMittal anuncia corte de 35% na produção

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Mesmo diante da forte crise que fez a Vale cortar 10% da sua produção, o presidente da companhia, Roger Agnelli, afastou ontem a possibilidade de reduzir o preço do minério de ferro, porque tal medida, segundo o executivo, seria inócua para estimular o consumo.
"Preço hoje não é nada. A questão é: não tem mercado. Em algumas áreas e em algumas regiões, não tem mercado. Hoje, baixar o preço do minério de ferro não acrescenta nem uma tonelada a mais vendida. O problema não é preço. O problema é demanda", afirmou.
Neste contexto de incerteza, Agnelli disse esperar uma negociação longa sobre o preço do minério de ferro no próximo ano -os reajustes normalmente ocorrem em fevereiro.
Ontem, foi a vez de a ArcelorMittal anunciar a paralisação de um de seus altos-fornos, uma diminuição de 35% na produção -percentual em linha com o corte já anunciado pela matriz na Europa. A maior siderúrgica mundial alegou queda na demanda e adiamento de entrega dos pedidos já feitos.
Mesmo com os cortes na produção de aço, Agnelli descartou reduzir a produção de minério. Disse, porém, que o resultado da Vale será "mais fraco" no último trimestre deste ano. "Vamos ter a chance de respirar e fazer algum estoque estratégico", afirmou Agnelli, mostrando cautela, mas não escondendo otimismo com o futuro.


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