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GOVERNO
Lula estuda antecipar anúncio do reajuste para aproveitar boa fase da economia e evitar que debate se arraste por vários meses
Novo salário mínimo pode sair em janeiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo está estudando antecipar o anúncio do reajuste do salário mínimo para janeiro. A medida, divulgada tradicionalmente
em maio, seria antecipada para o
começo de 2005, evitando, assim,
que o debate se arraste até o final
do primeiro semestre.
O objetivo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva é buscar um
consenso entre as partes envolvidas na discussão para baixar uma
medida provisória logo no começo do ano. Lula avalia que, com a
melhora nos indicadores econômicos, tem a chance de dar uma
notícia positiva sobre o tema já no
começo de 2005. A decisão deverá
ser tomada nesta semana.
A idéia de dar o aumento em janeiro é uma das propostas que o
presidente pediu para serem elaboradas pela equipe econômica
em torno do tema. Lula quer definir o novo valor até o primeiro trimestre de 2005, evitando assim
que o debate avance para abril,
como ocorreu neste ano, quando
foi anunciado um reajuste em cima da hora -o valor passou de
R$ 240 para R$ 260.
O presidente gostaria de anunciar um salário mínimo de R$ 300,
o que, segundo dados do Ministério da Fazenda, causaria impacto
de R$ 2,1 bilhões nos cofres federais. Na LDO, já consta o valor mínimo de R$ 283 para 2005.
Tabela do IR
Na semana passada, em reunião
no Planalto, Lula autorizou o deputado Paulo Bernardo (PT-PR),
presidente da Comissão Mista de
Orçamento, a negociar diretamente com os ministérios da Fazenda e do Planejamento o reajuste da tabela do Imposto de
Renda e o novo valor do mínimo.
Integrantes da equipe econômica do governo buscam convencer
o presidente a priorizar o salário
mínimo diante da correção da tabela do Imposto de Renda. Isso
daria um retorno social maior, já
que a correção do IR beneficia diretamente a classe média.
Ontem o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse ser
possível promover ainda neste
ano algum tipo de correção na tabela do IR das pessoas físicas, de
modo a vigorar já a partir de 2005.
"Lógico que dá. Por que não?
Nosso esforço vai ser para fazer
algum tipo de correção."
Palocci, no entanto, afirmou
que as medidas nesse sentido ainda estão em estudo na Receita Federal. O ministro também confirmou que agendará encontro com
sindicalistas para discutir o IR.
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