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Operadoras poderão manter plano de cobrança por pulso
Se não houver conversão para minutos, ligação local que exceder franquia não será cobrada
Migração do sistema de cobrança começa em março; Anatel cria plano alternativo em minutos, voltado para usuários de internet
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A partir de março do ano que
vem, as concessionárias de telefonia fixa começarão a fazer a
conversão do sistema de cobrança em pulsos para minutos
nas ligações locais. Em tese, a
conversão já deveria ter sido
feita, mas foi adiada porque o
governo temia que o custo aumentasse muito para quem faz
ligações de longa duração, especialmente no acesso discado
à internet.
Ontem, a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações) divulgou que as operadoras poderão oferecer dois planos em minuto. O básico, com
franquia de 200 minutos, e o alternativo, com franquia de 400
minutos e uma taxa adicional a
cada quatro minutos.
As concessionárias de telefonia fixa não são obrigadas a modificar o sistema e poderão continuar a cobrar por pulsos, se
acharem mais vantajoso. Mas,
onde não for feita a conversão
do sistema de pulsos para minutos, as concessionárias só
poderão cobrar do usuário o valor da assinatura básica mensal.
Nesse caso, todas as ligações
locais que excederem a franquia de cem pulsos não poderão ser cobradas.
As empresas terão que informar os seus clientes da mudança com 60 dias de antecedência.
O plano alternativo de minutos
terá que começar a ser oferecido no mesmo dia em que começar a conversão.
Pelas regras definidas pela
Anatel, caberá ao assinante optar, no caso da mudança de pulsos para minutos, pelo plano alternativo. Caso ele não manifeste essa opção, a concessionária irá considerar que ele optou
pelo plano básico. A agência reguladora informou que não haverá custos para migrar de um
plano para outro.
O presidente da Anatel, Plínio de Aguiar Júnior, informou
que a conversão em minutos
não implicará perdas para o assinante. "O valor da ligação será
equivalente, não há ganho nem
perda", disse.
Na proposta anterior da Anatel, de dezembro de 2005, não
havia plano alternativo e havia
aumento de custo para quem
tivesse o perfil de completar ligação de longa duração (como
acesso discado à web).
Internet
A principal preocupação com
o plano alternativo foi com os
usuários de internet com acesso discado. A solução encontrada foi criar um plano com uma
franquia maior (400 minutos),
mas com uma "taxa de completamento", equivalente a quatro
minutos.
Essa taxa será cobrada qualquer que seja o tempo de duração da chamada. Isso significa
que, no plano alternativo, uma
ligação de cinco minutos custa
o equivalente a nove minutos
(quatro do "completamento"
mais cinco da chamada).
No plano alternativo, a vantagem para os usuários de internet com acesso discado (ligações longas) é que o preço do
minuto é menor (61,6% menor
em São Paulo, com impostos,
de acordo com simulação divulgada pela Anatel). Dessa forma,
em uma ligação de longa duração, o custo menor do minuto
compensa o fato de haver uma
"taxa de completamento".
Nos horários em que hoje se
cobra apenas um pulso (finais
de semana a partir das 14h de
sábado, feriados e dias úteis de
0h às 6h), também há vantagem no plano alternativo. Na
simulação da Anatel, uma chamada nesses horários teria custo de R$ 0,19114 no plano básico, contra R$ 0,14672 no alternativo (redução de 23,2%).
(HUMBERTO MEDINA)
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