|
Texto Anterior | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Em dia de especulação, moeda chegou a subir 1,33%, mas encerrou com ligeira queda, de 0,08%
Com captação do Brasil, dólar fecha estável
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar encontrou seu patamar
e deverá variar entre R$ 2,30 e R$
2,35 daqui para a frente. Essa é a
avaliação de boa parte dos analistas sobre o mercado de câmbio.
O comportamento da moeda
norte-americana ontem, que chegou a atingir uma alta de 1,33%
durante o dia para fechar praticamente estável, foi atribuído a um
movimento normal, de oferta e
procura. "O câmbio é flutuante,
as oscilações são esperadas", afirma Luiz Henrique Didier, presidente da Abracam.
"Desde sexta-feira, houve essa
tendência de alta do dólar, mas
trata-se de um movimento especulativo", avalia Helio Osaki, da
Finambras. "O mercado está seco.
Há pouca gente querendo comprar ou vender. Ninguém quer se
aventurar", diz. Qualquer operação pode influir na cotação.
O dólar encerrou o dia a R$
2,329, em baixa de 0,08%.
A Argentina voltou a passar pelo centro das atenções. Mas a avaliação geral é que as crises políticas e econômicas já não são capazes de causar sobressaltos ao mercado. "O que preocupa agora é a
possibilidade de uma crise social", avalia Didier.
Diante de mais essa incerteza
em relação à Argentina, o que definiu a inversão de tendência e o
fechamento em baixa do dólar
ontem foi o anúncio de uma captação de US$ 1 bilhão do Brasil em
bônus de dez anos no exterior.
Após o fechamento dos mercados, ontem, foi divulgado que a
operação superou as estimativas e
atingiu US$ 1,25 bilhão.
A notícia é boa, pois abre caminho para novas captações por
parte de empresas nacionais. Neste momento em especial, porque
ilustra, mais uma vez, o descolamento entre os mercados argentino e brasileiro. Mesmo com a Argentina em um momento crítico,
com graves problemas, políticos,
econômicos e sociais, o Brasil
conseguiu concluir a captação
com sucesso. Os investidores internacionais costumavam associar a imagem dos dois países.
Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o mercado de juros continuou a projetar queda
das taxas já neste mês, na próxima
reunião do Copom.
Os contratos com vencimento
em julho, que desde sexta-feira
são os mais negociados, encerraram o dia projetando taxa de
18,96% -seguem abaixo da Selic,
de 19%.
(ANA PAULA RAGAZZI)
Texto Anterior: Corte: Motorola vai demitir em Hong Kong Índice
|