São Paulo, quarta-feira, 08 de janeiro de 2003

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Economista já trabalhou com FHC no Cebrap

DA REDAÇÃO

Jorge Mattoso, 53, trabalhou em 1971 com o então sociólogo Fernando Henrique Cardoso no Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
Mattoso é gaúcho de Porto Alegre. Em 1970, quando ainda estava cursando Ciências Sociais e Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, teve de deixar o Estado por motivos políticos. Poderia ser preso, pois militava no hoje extinto Partido Operário Comunista.
"Fui para São Paulo. Trabalhei um pouco no Cebrap, junto com Fernando Henrique e Francisco Weffort", diz Mattoso. Em 1971, foi preso nas dependências do Cebrap pela Oban (Operação Bandeirantes), organização de direita que ajudava a prender opositores do então regime militar. Depois de um ano preso, Mattoso conseguiu um breve período de liberdade e viajou, sem autorização da Justiça, para o Chile, onde passou o ano de 1972, até uma ditadura militar se instalar naquele país.
Foi para a Suíça, onde concluiu sua graduação no Instituto Universitário de Estudos do Desenvolvimento, em Genebra. Fez mestrado sobre Economia do Desenvolvimento na Universidade de Paris 1. Tem doutorado em teoria econômica pela Unicamp.
Beneficiado pela anistia concedida no final do regime militar (1964-1985), Mattoso está no Brasil desde o final de 1978. Sempre esteve ligado à ala majoritária do PT. Contribuiu na elaboração dos programas econômicos de todas as campanhas eleitorais à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (89, 94, 98 e 2002).
É professor da Unicamp desde 1985. Trabalhou também no Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos). Desde 2001 era secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo.


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