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Economista já trabalhou com FHC no Cebrap
DA REDAÇÃO
Jorge Mattoso, 53, trabalhou
em 1971 com o então sociólogo
Fernando Henrique Cardoso no
Cebrap (Centro Brasileiro de
Análise e Planejamento).
Mattoso é gaúcho de Porto Alegre. Em 1970, quando ainda estava cursando Ciências Sociais e
Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, teve de
deixar o Estado por motivos políticos. Poderia ser preso, pois militava no hoje extinto Partido Operário Comunista.
"Fui para São Paulo. Trabalhei
um pouco no Cebrap, junto com
Fernando Henrique e Francisco
Weffort", diz Mattoso. Em 1971,
foi preso nas dependências do Cebrap pela Oban (Operação Bandeirantes), organização de direita
que ajudava a prender opositores
do então regime militar. Depois
de um ano preso, Mattoso conseguiu um breve período de liberdade e viajou, sem autorização da
Justiça, para o Chile, onde passou
o ano de 1972, até uma ditadura
militar se instalar naquele país.
Foi para a Suíça, onde concluiu
sua graduação no Instituto Universitário de Estudos do Desenvolvimento, em Genebra. Fez
mestrado sobre Economia do Desenvolvimento na Universidade
de Paris 1. Tem doutorado em
teoria econômica pela Unicamp.
Beneficiado pela anistia concedida no final do regime militar
(1964-1985), Mattoso está no Brasil desde o final de 1978. Sempre
esteve ligado à ala majoritária do
PT. Contribuiu na elaboração dos
programas econômicos de todas
as campanhas eleitorais à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva
(89, 94, 98 e 2002).
É professor da Unicamp desde
1985. Trabalhou também no
Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos). Desde 2001 era
secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo.
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