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Itália investiga atuação de bancos
DA REDAÇÃO
Os promotores italianos que investigam a fraude bilionária na
Parmalat encontraram-se ontem
com representantes do Citigroup
e do Deutsche Bank, dois dos
maiores bancos do mundo. Os investigadores querem saber até
que ponto essas instituições e outros grandes bancos estavam
cientes das irregularidades financeiras da empresa italiana.
Pelo terceiro dia seguido, Fausto Tonna, ex-diretor financeiro da
Parmalat, prestou depoimento
ontem à Justiça italiana. Foram
oito horas de depoimento, em
que Tonna deu detalhes do relacionamento da companhia com
as instituições financeiras.
Em setembro passado, três meses antes da explosão do escândalo financeiro, o Deutsche Bank
realizou para a Parmalat a venda
de 350 milhões em títulos da dívida da empresa. Os investigadores estavam interessados também
em uma participação acionária
que o banco mantinha no grupo
até as vésperas da crise.
Já o Citigroup desenvolveu para
a Parmalat um instrumento chamado "buconero" (ou buraco negro), que permitia a transferência
de fundos entre as várias subsidiárias do grupo. Segundo os promotores, o instrumento pode ter
sido utilizado por diretores para o
desvio de capital da empresa.
Os bancos italianos também estão sob fogo cerrado. As ações do
Capitalia caíram 7,5% ontem na
Bolsa de Milão.
Com agências internacionais
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