São Paulo, quinta-feira, 08 de janeiro de 2004

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Itália investiga atuação de bancos

DA REDAÇÃO

Os promotores italianos que investigam a fraude bilionária na Parmalat encontraram-se ontem com representantes do Citigroup e do Deutsche Bank, dois dos maiores bancos do mundo. Os investigadores querem saber até que ponto essas instituições e outros grandes bancos estavam cientes das irregularidades financeiras da empresa italiana.
Pelo terceiro dia seguido, Fausto Tonna, ex-diretor financeiro da Parmalat, prestou depoimento ontem à Justiça italiana. Foram oito horas de depoimento, em que Tonna deu detalhes do relacionamento da companhia com as instituições financeiras.
Em setembro passado, três meses antes da explosão do escândalo financeiro, o Deutsche Bank realizou para a Parmalat a venda de 350 milhões em títulos da dívida da empresa. Os investigadores estavam interessados também em uma participação acionária que o banco mantinha no grupo até as vésperas da crise.
Já o Citigroup desenvolveu para a Parmalat um instrumento chamado "buconero" (ou buraco negro), que permitia a transferência de fundos entre as várias subsidiárias do grupo. Segundo os promotores, o instrumento pode ter sido utilizado por diretores para o desvio de capital da empresa.
Os bancos italianos também estão sob fogo cerrado. As ações do Capitalia caíram 7,5% ontem na Bolsa de Milão.


Com agências internacionais


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