São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2007

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Economia global permanece "forte" em 2007, diz FMI

Europa e a Ásia compensam menor expansão dos EUA, que não deve enfrentar desaceleração severa, na avaliação da instituição

DA BLOOMBERG

A economia mundial vai permanecer "forte" neste ano, com a Europa e a Ásia compensando o menor crescimento nos Estados Unidos, previu ontem o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo de Rato.
"Vamos ter outro ano de forte crescimento", declarou Rato na Basiléia, na Suíça, durante reunião de presidentes de bancos centrais de todo o mundo, entre eles o brasileiro Henrique Meirelles.
As reuniões do BIS (sigla em inglês para Banco de Compensações Internacionais) ocorrem bimestralmente na Basiléia, sede da instituição, uma espécie de "banco central dos bancos centrais".
"Nós certamente veremos uma Europa com crescimento expressivo, uma continuação do crescimento no Japão e forte expansão em muitos países emergentes", afirmou o diretor-gerente do Fundo.
Bancos centrais na Europa e no Japão devem aumentar as taxas de juros neste ano, na medida em que a elevação da confiança dos empresários, dos investimentos e das contratações despertam preocupações em relação à possibilidade de o aquecimento econômico alimentar a inflação.

Pouso suave
Enquanto a desaceleração do mercado imobiliário está esfriando o crescimento nos Estados Unidos, o desemprego na Alemanha teve a maior queda no mês passado desde 1990, e a confiança dos empresários subiu no Japão para o maior nível em dois anos.
O diretor do FMI disse que a desaceleração norte-americana não será severa o bastante para afetar a economia mundial. "Em relação aos Estados Unidos, nossa visão é certamente a de um pouso suave, o que é benéfico não apenas para os Estados Unidos, mas também para a economia global."
Em setembro, o FMI previu que a economia mundial teria expansão média de 4,9% neste ano, um pouco abaixo dos 5,1% de 2006. Rato não informou se a instituição planeja rever sua estimativa.
Mas o diretor do FMI alertou que investidores e executivos devem evitar "complacência", na medida em que a "ampla liquidez" na economia global ajuda a elevar o preço dos ativos e reduz a percepção de risco. Disse ainda que a alta do petróleo coloca riscos inflacionários para algumas economias.
O Banco Central Europeu irá provavelmente elevar sua taxa básica de juros para 3,75% até o final do ano, de acordo com pesquisa da Bloomberg com 23 economistas.
Os entrevistados esperam que o Banco do Japão eleve sua taxa de juros do atual 0,25% para 1% até o final de 2007. Nos EUA, o Fed (banco central norte-americano) irá provavelmente manter os juros em 5,25% neste trimestre para depois cortá-lo para 4,75% até o fim do ano, de acordo com a média de projeções de outra pesquisa com 74 economistas.


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