São Paulo, terça-feira, 08 de janeiro de 2008

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Brasil sobe em ranking mundial de otimismo

DA REDAÇÃO

Apesar das preocupações existentes com a economia global neste ano, especialmente pelo temor de recessão nos EUA, os empresários brasileiros estão muito mais otimistas com o cenário econômico para os próximos 12 meses do que estavam no ano passado.
O Brasil ficou em 11º lugar em uma lista de 34 países, com 70% dos empresários dizendo estar otimistas com os rumos da economia neste ano, segundo levantamento da consultoria Grant Thornton. Na pesquisa divulgada em janeiro do ano passado, o país estava na 18ª posição, entre 32 países, com 47% de otimismo para os 12 meses seguintes.
Apenas a Turquia, que ganhou 28 pontos percentuais entre um ranking e outro, registrou avanço maior no aumento do otimismo. Na lista geral, os turcos, porém, ficaram apenas na 24ª posição.
Na comparação com os Brics (grupo de nações emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China), o país continuou atrás da Índia, que, apesar de perder 2 pontos percentuais, continua liderando o levantamento (95% de otimismo), e da China (que caiu de 85% para 77%), mas ultrapassou a Rússia (de 57% para 58%).
As perspectivas de uma crise financeira global financeira não parecem ter alterado muito a visão dos empresários neste ano na comparação com 2007. Agora, 42% dos quase 8.000 entrevistados nos 34 países dizem estar otimistas. No ano passado, eles eram 45%. Mais: 64% afirmam acreditar em alta nas suas vendas, 34%, que aumentarão os preços dos seus produtos, e 22%, que elevarão as suas exportações.
Mesmo nos Estados Unidos, em que o próprio governo já sinalizou que a economia deve se desacelerar neste ano, o otimismo cresceu, de 14% para 22%.
"O resultado positivo da pesquisa é muito encorajador depois de um verão [no hemisfério Norte] de turbulências financeiras. Ele reflete confiança de que a economia global continuará animada, apesar de ter chegado ao final o período de crescimento robusto dos últimos cinco anos e de termos entrado em uma época de grandes incertezas", disse, em comunicado, Alex MacBeath, da Grant Thornton.
No Japão, porém, o pessimismo cresceu de 5% para 44%, resultado da valorização do iene, o que prejudica as exportações.


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