DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro espera que o preço do gás comprado da Bolívia seja reduzido em aproximadamente 20% no mês que vem, quando haverá o reajuste trimestral no contrato de fornecimento com a Petrobras.
A expectativa do governo se baseia na fórmula de reajuste de preços prevista no contrato, que leva em conta, entre outros fatores, uma cesta de cotações de derivados do petróleo e a variação cambial. Os derivados estão com cotação em baixa porque o preço do barril no mercado internacional tem caído desde setembro de 2008.
Com a redução, o setor de distribuição espera que a Petrobras faça o repasse dos novos valores para os preços internos, para tornar o gás natural mais competitivo em relação a outras fontes de energia e para que ele não seja substituído por outros combustíveis.
Em dezembro, a Abegás enviou carta ao Ministério de Minas e Energia pedindo uma política mais equilibrada de reajustes.
Apesar da retórica política, o preço do gás boliviano sempre ficou atrelado ao contrato. Em fevereiro de 2007, o governo brasileiro chegou a anunciar, no Palácio do Planalto, um acordo político que iria aumentar, além do previsto no contrato, os valores pagos à Bolívia. O acordo nunca entrou em vigor. (HM)


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