DA BLOOMBERG

As ações da Aracruz, a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, tiveram sua maior alta dos últimos dois meses puxadas por especulações de que a valorização do real poderá criar condições para que os bancos credores fechem um acordo em torno dos prejuízos de US$ 2,13 bilhões contabilizados pela empresa com investimentos em derivativos cambiais.
Os papéis da Aracruz foram os que registraram a maior alta do índice Ibovespa ontem, ao subirem 9,19%, para R$ 2,97. Eles chegaram a aumentar 15,07% na máxima do dia, configurando sua maior alta intradiária desde 31 de outubro do ano passado. A Bovespa terminou ontem com recuo de 3,53%.
""A recente alta do real em relação ao dólar fará com que a Aracruz e os bancos acelerem as conversações com vistas a chegar a um acordo, uma vez que a valorização da moeda não é vantajosa para os credores", disse Dany Rappaport, um dos sócios da Investport.
A alta significativa de 31,3% registrada pelo dólar em relação ao real em 2008 trouxe US$ 2,13 bilhões em prejuízos e uma retração de 81% no valor das ações da Aracruz. A produtora de celulose disse, em dezembro, que não conseguira chegar a um acordo com os bancos para cobrir os prejuízos.


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