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FARMACÊUTICAS
Novo grupo pretende ser o primeiro do mundo em 2001, graças ao sucesso de vendas do Lipitor
Pfizer vai desafiar liderança mundial
da Redação
A Pfizer adquiriu ontem a Warner-Lambert por US$ 90 bilhões,
criando o líder norte-americano e
o segundo maior grupo mundial
do setor farmacêutico, com 6,5%
do mercado global. O nome da
megaempresa será Pfizer.
Segundo analistas, o novo grupo deve buscar a liderança global
nas vendas farmacêuticas, atingindo US$ 31 bilhões em 2001. O
líder atual, grupo formado pelas
empresas Glaxo Wellcome e
SmithKline Beecham, é também
resultado de uma fusão recente.
A compra da Warner, que põe
fim a três meses de negociações e
divergências, emergiu de uma
oferta hostil -a Pfizer lançou
uma proposta de compra das
ações da Warner-Lambert, contra
a vontade dos acionistas controladores da empresa.
O negócio é a quarta maior fusão já realizada em termos de valores (veja o quadro ao lado).
Para comprar a Warner-Lambert, a Pfizer aceitou bancar uma
multa -de quebra contratual-
no valor de US$ 1,8 bilhão que a
Warner teve que pagar para a
American Home Products (AHP)
-com quem já havia feito um
pré-acordo de fusão antes de a
Pfizer entrar no jogo.
A união entre Pfizer e Warner
fortalece a tendência de formação
de grandes grupos farmacêuticos
-que se unem em busca de uma
competitividade maior.
Há um mês, as britânicas Glaxo
Wellcome e SmithKline Beecham
anunciaram também sua fusão.
Sucesso conjunto
Pfizer e Warner-Lambert já produzem juntas o remédio Lipitor,
lançado em 97 e indicado para o
tratamento de colesterol. O Lipitor é considerado um sucesso de
mercado e, só no ano passado,
vendeu US$ 3,7 bilhões.
À frente da nova gigante farmacêutica, ficará William Steere,
atual presidente da Pfizer.
Um porta-voz da empresa disse
ontem que o valor acordado para
a compra valorizou a Warner-Lambert em 34%, segundo estimativa feita desde novembro
-início da negociação.
A Pfizer terá 61% do novo grupo, ficando os 39% restantes para
os acionistas da Warner-Lambert.
Pesquisas
O novo conglomerado contará
com receita de US$ 28 bilhões e
um orçamento para pesquisa e
desenvolvimento da ordem de
US$ 4,7 bilhões em 2000.
O valor de mercado da nova Pfizer deve superar os US$ 230 bilhões, o que representa, segundo
analistas, um importante marco
no processo de concentração do
capital farmacêutico.
"Com essa operação, nos posicionaremos como líderes globais
no descobrimento de remédios
capazes de beneficiar milhões de
pessoas", disse Steere.
Segundo ele, a combinação das
duas empresas representa um novo nível de competitividade e desenvolvimento dentro da indústria farmacêutica. A nova empresa pretende economizar cerca de
US$ 1,6 bilhão no ano fiscal de
2002, aumentando o faturamento
em 25% até essa data.
Sem dúvida, o maior perdedor
dessa história foi a AHP, que deixou o negócio com a Warner escapar de suas mãos. Em 98, a AHP
já havia fracassado na tentativa de
se unir à Monsanto e à inglesa
SmithKline Beecham.
Desta vez, seu consolo foi receber a multa de US$ 1,8 bilhão -
uma das maiores da história das
empresas norte-americanas.
Com agências internacionais
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