São Paulo, terça-feira, 08 de fevereiro de 2000


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ALIMENTOS

Compra da Arisco por US$ 490 mi sairá hoje

MALU GASPAR
de Nova York

O grupo norte-americano Bestfoods confirmou ontem, nos Estados Unidos, que está em estágio final de negociação para a comprada brasileira Arisco, líder no mercado nacional de temperos.
O valor a ser pago pela Arisco ficaria em US$ 490 milhões, segundo a estimativa feita pela Bestfoods em nota oficial. A empresa, cuja subsidiária no Brasil fabrica os produtos Knorr, Mazola e Maizena, além da maionese Hellmann's, deve assumir também uma dívida de US$ 262 milhões da Arisco.
A vice-presidente de comunicações da Bestfoods, Gale Griffin, disse à Folha que o anúncio oficial sobre a compra só seria feito hoje, porque as negociações ainda estavam em curso.
Gale afirmou que ainda faltavam alguns detalhes para que o negócio fosse fechado e que a empresa só optou por divulgar algumas informações sobre a compra por nota oficial porque as cifras que estavam sendo passadas para a imprensa no Brasil estavam incorretas. Até então, falava-se em um negócio de até US$ 1 bilhão.
A Arisco foi fundada há 29 anos e é a quarta maior empresa alimentícia do país. As vendas anuais dos cerca de 200 produtos fabricados pela Arisco somam US$ 440 milhões. Mesmo assim, em 98 a dívida da empresa correspondia a 105% de seu patrimônio líquido.
Seus proprietários atuais são a família Queiroz, que tem 80% das ações, e o grupo Goldmam Sachs, que comprou 20% do controle acionário em 97.
Já a Bestfoods, cujo faturamento mundial é de cerca de US$ 8 bilhões, opera em 60 países e tem uma estratégia agressiva para a aquisição de outras empresas. Desde 95, ela já comprou 17 companhias em todo o mundo.
Se for confirmado o negócio com a Arisco, essa seria a segunda maior empresa já comprada pela Bestfoods desde que adquiriu uma divisão da norte-americana Kraft em 95.
No comunicado oficial da empresa, o presidente da Bestfoods, C.R. Shoemate, afirma que a Arisco é "uma das poucas grandes empresas de alimentação oferecidas nos últimos anos na América Latina", região em que a Bestfoods tem um forte interesse.



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