São Paulo, sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

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Inflação oficial da Argentina fica só em 0,9%

RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES

Questionado pela oposição, pelos sindicatos, por economistas e agora também pelo Fundo Monetário Internacional, o índice de inflação oficial da Argentina foi de 0,9% em janeiro, divulgou ontem o Indec (Instituto de Estatísticas e Censos).
Analistas privados esperavam uma inflação de ao menos 1,5%, acarretada pelo aumento, em 1º de janeiro, de 20% nos transportes públicos, que tinham tarifas congeladas há oito anos, e pela subida de preços do turismo.
A inflação oficial, porém, manteve o 0,9% que havia sido registrado em novembro e dezembro e foi inferior ao 1,1% de janeiro do ano passado. Aquele número determinou a intervenção do Indec pela Secretaria de Comércio Interior. Vários técnicos foram substituídos e a metodologia para medir os preços foi alterada. Desde então, o índice é questionado.
A esses questionamentos somou-se ontem o Fundo Monetário Internacional. O jornal "Clarín" revelou que o FMI enviou em janeiro uma carta ao governo em que questionava os padrões para calcular o índice.
O chefe-de-gabinete da presidente Cristina Fernández de Kirchner, Alberto Fernández, disse ontem que, "se houve uma carta assim", ele "jamais" a viu.
O índice de inflação de janeiro é o primeiro de um mês completo do governo de Cristina, que assumiu em 10 de dezembro. Na campanha, ela prometeu que adotaria uma nova metodologia para medir a inflação. Até agora, não houve mudanças.


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