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Inflação oficial da Argentina fica só em 0,9%
RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES
Questionado pela oposição, pelos sindicatos, por
economistas e agora também pelo Fundo Monetário
Internacional, o índice de inflação oficial da Argentina foi
de 0,9% em janeiro, divulgou
ontem o Indec (Instituto de
Estatísticas e Censos).
Analistas privados esperavam uma inflação de ao menos 1,5%, acarretada pelo aumento, em 1º de janeiro, de
20% nos transportes públicos, que tinham tarifas congeladas há oito anos, e pela
subida de preços do turismo.
A inflação oficial, porém,
manteve o 0,9% que havia sido registrado em novembro
e dezembro e foi inferior ao
1,1% de janeiro do ano passado. Aquele número determinou a intervenção do Indec
pela Secretaria de Comércio
Interior. Vários técnicos foram substituídos e a metodologia para medir os preços foi
alterada. Desde então, o índice é questionado.
A esses questionamentos
somou-se ontem o Fundo
Monetário Internacional. O
jornal "Clarín" revelou que o
FMI enviou em janeiro uma
carta ao governo em que
questionava os padrões para
calcular o índice.
O chefe-de-gabinete da
presidente Cristina Fernández de Kirchner, Alberto
Fernández, disse ontem que,
"se houve uma carta assim",
ele "jamais" a viu.
O índice de inflação de janeiro é o primeiro de um mês
completo do governo de
Cristina, que assumiu em 10
de dezembro. Na campanha,
ela prometeu que adotaria
uma nova metodologia para
medir a inflação. Até agora,
não houve mudanças.
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