São Paulo, sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

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Congresso dos EUA aprova pacote contra a recessão

Plano para estimular economia, de US$ 168 bi, agora depende da sanção de Bush

Projeto prevê ajuda para 137 milhões de pessoas por meio de restituições que devem chegar em maio ao contribuinte americano

DA REDAÇÃO

O Congresso americano aprovou ontem o pacote proposto pelo governo George W. Bush para tentar evitar a recessão no país. A expectativa é que o presidente sancione logo as medidas, apesar de o valor do plano, de US$ 168 bilhões, ser 10% superior ao negociado com os líderes do Congresso.
Depois de mais de uma semana de discussões, o Senado votou no início da tarde de ontem nos EUA um projeto com alterações em relação ao plano votado na Câmara dos Representantes no fim de janeiro. Poucas horas depois, os deputados aprovaram o projeto.
Por 81 votos a 16, os senadores aprovaram um plano de estímulo à economia com restituições de US$ 600 a US$ 1.200 para a maioria dos contribuintes -essa conta depende de alguns fatores, como o número de filhos. Ele ainda dá isenção fiscal para empresas na compra de equipamentos e prevê ajuda para o setor imobiliário.
A novidade em relação ao pacote aprovado pelos deputados é que o Senado incluiu ajuda para os veteranos de guerra com deficiência e idosos. Com isso, o plano do Senado soma US$ 168 bilhões -US$ 22 bilhões mais que o da Câmara dos Representantes - e deve favorecer 137 milhões de pessoas.
Para que as conversas evoluíssem após mais de uma semana, os democratas (de oposição ao governo Bush) cedeu em alguns pontos, como mais benefícios para desempregados, ajuda para os mais pobres comprarem óleo de aquecimento e isenção fiscal para algumas indústrias. Em compensação, os republicanos aceitaram incluir os veteranos de guerra e os idosos -que não constavam no plano aprovado na Câmara dos Representantes.
Os votos contrários foram dados pelos senadores republicanos e 46 democratas foram favoráveis ao plano, além dos dois independentes da Casa. Os democratas Hillary Clinton, Barack Obama -que disputam a candidatura à Presidência- e Ben Nelson não votaram.
Na Câmara dos Representantes, as medidas foram aprovadas por 380 votos a 34 -16 não votaram. Em janeiro, foram 385 votos a favor do projeto e 35 contra.
Caso Bush aprove o projeto (o que é esperado, já que ele o elogiou após a votação no Senado), os cheques com as restituições devem chegar em maio à casa dos contribuintes. Pelo plano, receberão a restituição integral contribuintes que ganharam até US$ 75 mil ao ano e casais que tiveram renda de até US$ 150 mil -quem ganhou mais que isso até um certo limite receberá um valor menor. Pessoas que foram isentas do Imposto de Renda e ganharam pelo menos US$ 3.000 terão uma restituição de US$ 300.

Varejo
O resultados das grandes redes varejistas americanas foram considerados desapontadores. As vendas do Wal-Mart cresceram 0,5% em janeiro, mas ficaram abaixo das projeções da empresa.
Outras redes varejistas e de lojas divulgaram resultados fracos. A rede Target teve uma queda de 1,1% nas vendas. As da Macy's caíram 7,1%.


Com agências internacionais

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