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Alta de papéis da Petrobras evita queda maior da Bovespa
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Petrobras evitou que a Bolsa de Valores de São Paulo tivesse mais um pregão de queda
acentuada. As ações da companhia petrolífera terminaram
com alta forte e seguraram o índice Ibovespa, que encerrou
praticamente estável (-0,01%),
aos 58.965 pontos.
Responsáveis por quase 25%
das operações realizadas ontem na Bovespa, as ações da Petrobras tiveram valorização de
3,31% (ON) e 3,10% (PN). Novas expectativas em relação ao
potencial de produção das reservas no campo de Tupi atraíram investidores para os papéis
da companhia.
"Se fosse descontado o desempenho da Petrobras, o Ibovespa teria registrado queda
hoje [ontem]", avalia Celso
Boin Júnior, chefe da área de
análise da corretora Link.
Com sua elevada movimentação e pesada participação na
carteira do Ibovespa -que reúne as 64 ações mais negociadas-, os papéis da petrolífera
têm importante influência nos
rumos da Bolsa.
Em janeiro, a ação PN da Petrobras foi, disparada, a mais
negociada na Bovespa. No mês
passado, o papel movimentou
R$ 20,32 bilhões, deixando para trás a ação PNA da Vale, que
girou R$ 13,23 bilhões.
O mercado acionário norte-americano viveu mais um dia
de intenso sobe-e-desce, com
os investidores avaliando dados econômicos. No fim das
operações, o índice Dow Jones
marcava alta de 0,38%, e a Bolsa eletrônica Nasdaq, de 0,63%.
Dentre os dados conhecidos
ontem, houve a queda nos pedidos de seguro-desemprego nos
EUA na semana passada. No setor imobiliário, foi apresentado
o resultado das vendas de moradias pendentes nos EUA em
dezembro, que recuaram 1,5%
em relação ao mês anterior.
Na Europa, onde o Banco
Central Europeu manteve os
juros básicos inalterados em
4% anuais, as principais Bolsas
recuaram. Londres teve perdas
de 2,58% e Frankfurt, de 1,66%.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, alertou para os
riscos inflacionários, o que
trouxe mais pessimismo ao
mercado da região. O corte de
juros na Inglaterra não aliviou
as preocupações.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar registrou mais um
dia de alta moderada (0,29%),
ao fechar vendido a R$ 1,758.
"É difícil fazer projeções de
curto prazo para a Bovespa neste momento de grande turbulência. Mas, se pensarmos em
um período de seis meses, um
ano, as perspectivas para as
empresas nacionais são positivas", avalia Boin Júnior.
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