São Paulo, sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

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Alta de papéis da Petrobras evita queda maior da Bovespa

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Petrobras evitou que a Bolsa de Valores de São Paulo tivesse mais um pregão de queda acentuada. As ações da companhia petrolífera terminaram com alta forte e seguraram o índice Ibovespa, que encerrou praticamente estável (-0,01%), aos 58.965 pontos.
Responsáveis por quase 25% das operações realizadas ontem na Bovespa, as ações da Petrobras tiveram valorização de 3,31% (ON) e 3,10% (PN). Novas expectativas em relação ao potencial de produção das reservas no campo de Tupi atraíram investidores para os papéis da companhia.
"Se fosse descontado o desempenho da Petrobras, o Ibovespa teria registrado queda hoje [ontem]", avalia Celso Boin Júnior, chefe da área de análise da corretora Link.
Com sua elevada movimentação e pesada participação na carteira do Ibovespa -que reúne as 64 ações mais negociadas-, os papéis da petrolífera têm importante influência nos rumos da Bolsa.
Em janeiro, a ação PN da Petrobras foi, disparada, a mais negociada na Bovespa. No mês passado, o papel movimentou R$ 20,32 bilhões, deixando para trás a ação PNA da Vale, que girou R$ 13,23 bilhões.
O mercado acionário norte-americano viveu mais um dia de intenso sobe-e-desce, com os investidores avaliando dados econômicos. No fim das operações, o índice Dow Jones marcava alta de 0,38%, e a Bolsa eletrônica Nasdaq, de 0,63%.
Dentre os dados conhecidos ontem, houve a queda nos pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana passada. No setor imobiliário, foi apresentado o resultado das vendas de moradias pendentes nos EUA em dezembro, que recuaram 1,5% em relação ao mês anterior.
Na Europa, onde o Banco Central Europeu manteve os juros básicos inalterados em 4% anuais, as principais Bolsas recuaram. Londres teve perdas de 2,58% e Frankfurt, de 1,66%.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, alertou para os riscos inflacionários, o que trouxe mais pessimismo ao mercado da região. O corte de juros na Inglaterra não aliviou as preocupações.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar registrou mais um dia de alta moderada (0,29%), ao fechar vendido a R$ 1,758.
"É difícil fazer projeções de curto prazo para a Bovespa neste momento de grande turbulência. Mas, se pensarmos em um período de seis meses, um ano, as perspectivas para as empresas nacionais são positivas", avalia Boin Júnior.


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