São Paulo, sexta-feira, 08 de março de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BANCOS

Febraban mantém horário do racionamento por questão de segurança

Caixa 24 horas continua das 6h às 22h

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) anunciou ontem que os caixas eletrônicos, também chamados de 24 horas, vão permanecer funcionando apenas 16 horas, entre 6h e 22h, mesmo com o fim do racionamento de energia.
O CMN (Conselho Monetário Nacional) já havia autorizado o funcionamento normal dos caixas a partir da próxima segunda-feira. Mas o Ministério da Justiça pediu aos bancos que reavaliassem a questão por causa da preocupação com a segurança pública. Na próxima segunda o horário dos bancos voltará ao normal. Hoje as agências estão funcionando das 9h às 14h (até 15h em alguns casos). O horário regular estabelece apenas que o atendimento deve acontecer entre 12h e 15h e, no mínimo, cinco horas por dia. Em São Paulo, as agências funcionavam das 10h às 16h.
"A criminalidade tornou-se uma tormenta na vida das pessoas e não é com o cancelamento de serviços que isso vai melhorar", disse o presidente da Febraban, Gabriel Jorge Ferreira, após sair de encontro com o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Justiça).
O presidente da Febraban comentou que a economia não pode ser "restringida" por causa da segurança pública.
Segundo ele, a medida anunciada ontem é "paliativa e temporária". A idéia é verificar se o número de sequestros relâmpagos vai diminuir com a prorrogação do horário reduzido.
Mas o próprio diretor-executivo da Febraban, Hélio Duarte, disse que não existem estatísticas confiáveis sobre os sequestros porque nem todas as vítimas registram essas ocorrências.
Além de manter os caixas eletrônicos funcionando 16 horas, os bancos vão realocar quiosques localizados em vias públicas consideradas inseguras. Segundo a Febraban, existem 130 mil caixas eletrônicos no país.
Desse total, apenas 500 estão em vias públicas. A maioria, portanto, está abrigada dentro de shoppings e prédios públicos, entre outros espaços. Sempre que possível, segundo a Febraban, os quiosques serão realocados dentro de uma mesma área geográfica para não prejudicar os clientes.



Texto Anterior: Opinião Econômica - Luiz Carlos Mendonça de Barros: Diário de Buenos Aires
Próximo Texto: Panorâmica - Chocolates: Ovo de Páscoa gera processo contra a Nestlé
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.