São Paulo, quinta-feira, 08 de março de 2007

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Em 2020, SP será 13ª cidade mais rica do mundo, diz consultoria

Emergentes passarão a representar 35% do PIB total das principais cidades

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2020, o peso econômico das cidades emergentes, entre elas São Paulo, deve aumentar de 27% para 35% do PIB (Produto Interno Bruto) total de 151 municípios do mundo analisados pela consultoria PricewaterhouseCoopers. São Paulo, que em 2005 era o 19º maior PIB no ranking, saltará para o 13º entre as cidades mais ricas.
A consultoria atribui o movimento dos emergentes ao crescimento acelerado projetado para a economia das cidades. Entre as 30 de maior peso econômico, atualmente cinco são emergentes (Cidade do México, Buenos Aires, São Paulo, Moscou e Rio de Janeiro).
Em 2020, devem ser oito cidades no total, segundo projeção da Price: além de Cidade do México, Buenos Aires, São Paulo e Moscou, as cidades de Xangai, Mumbai, Istambul e Pequim passarão a fazer parte das 30 cidades de maior PIB. O Rio, que hoje está na 30ª posição, recuará para o 31º lugar.
"As economias emergentes são claramente as ganhadoras. A Índia tem três cidades que entrarão nas top 100 até 2020, enquanto China e Brasil tem, cada um, dois novos entrantes nas top 100", diz o estudo.
Pelas projeções, Brasília e Salvador, que hoje não estão entre as 100 cidades mais ricas do mundo, passarão a integrar a lista em 2020, em, respectivamente, 92º e 99º lugares.
O PIB de SP em 2020 deve ser de US$ 411 bilhões -em 2005, a estimativa é que foi de US$ 225 bilhões. O crescimento médio anual da economia da cidade é estimado em 4,1%.
As projeções são feitas pela consultoria com base em dados demográficos e análises sobre o crescimento econômico de cada cidade. O relatório mostra que cidades como Roma, Milão e Berlim recuarão no ranking. Mesmo assim, devem se beneficiar indiretamente, via turismo, do crescimento dos municípios emergentes.
As três cidades de maior PIB em 2005 -Tóquio, Nova York e Los Angeles- se manterão nessa posição em 2020.
O estudo alerta que o peso econômico não é necessariamente a solução. "A Cidade do México, a maior economia entre as cidades emergentes, é acometida por problemas de crime, congestionamento e poluição que fazem cidades menores mas de crescimento mais rápido, como Guadalajara e Monterrey, mais atrativas".


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