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BC dos EUA anuncia medidas para aliviar aperto no crédito
DA REDAÇÃO
O Fed (Federal Reserve, BC
dos Estados Unidos) anunciou
ontem que vai aumentar o volume de empréstimos que deverá conceder aos bancos neste
mês, em uma tentativa de diminuir a crise de crédito no país.
O banco central americano
aumentou para US$ 50 bilhões
cada o valor disponível nos leilões que serão realizados nos
dias 10 e 24 deste mês. No mês
passado, o montante era de
US$ 30 bilhões e, em dezembro, quando foram anunciados,
de US$ 20 bilhões. Até o momento, ele disponibilizou um
total de US$ 160 bilhões nos
seis leilões já realizados.
Os leilões servem como empréstimos de curto prazo em
que os bancos tomam dinheiro
para continuarem emprestando aos consumidores, o que
ajudaria a movimentar a economia americana e poderia impedir uma recessão. Eles surgiram em dezembro do ano passado como parte de um esforço
coordenado entre os BCs dos
EUA, da zona do euro, do Reino
Unido, do Canadá e da Suíça.
A entidade afirmou também,
por meio de comunicado, que
pretende continuar com os leilões por pelo menos mais seis
meses, "ao menos que as condições de mercado claramente
indiquem que eles não são mais
necessários". Ela disse ainda
que disponibilizará US$ 100 bilhões por meio de contratos de
recompra. As ações do Fed visam, além do combate à inflação, o crescimento econômico
-o BCE (o banco central dos
países da zona euro) prioriza o
controle da alta dos preços.
A decisão é a mais recente
tentativa do Fed de reduzir a
ameaça à economia representada pela redução dos empréstimos a empresas e pessoas físicas por parte dos bancos. Desde
setembro de 2007, por exemplo, o BC dos Estados Unidos já
reduziu em 2,25 pontos percentuais, para 3%, a taxa de juros básica. E a expectativa de
analistas é que ocorra um corte
de pelo menos 0,75 ponto percentual no encontro do dia 18.
O temor com os problemas
de crédito aumentou ontem
após a suspensão, na Bolsa de
Amsterdã, das negociações das
ações do fundo Carlyle Capital
Corporation -que pertence ao
Carlyle Group, uma das maiores empresas de "private
equity" (que adquire participações em companhias). O fundo
disse que investidores "liquidaram" alguns dos seus títulos.
Com agências internacionais
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