São Paulo, sábado, 08 de março de 2008

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BC dos EUA anuncia medidas para aliviar aperto no crédito

DA REDAÇÃO

O Fed (Federal Reserve, BC dos Estados Unidos) anunciou ontem que vai aumentar o volume de empréstimos que deverá conceder aos bancos neste mês, em uma tentativa de diminuir a crise de crédito no país.
O banco central americano aumentou para US$ 50 bilhões cada o valor disponível nos leilões que serão realizados nos dias 10 e 24 deste mês. No mês passado, o montante era de US$ 30 bilhões e, em dezembro, quando foram anunciados, de US$ 20 bilhões. Até o momento, ele disponibilizou um total de US$ 160 bilhões nos seis leilões já realizados.
Os leilões servem como empréstimos de curto prazo em que os bancos tomam dinheiro para continuarem emprestando aos consumidores, o que ajudaria a movimentar a economia americana e poderia impedir uma recessão. Eles surgiram em dezembro do ano passado como parte de um esforço coordenado entre os BCs dos EUA, da zona do euro, do Reino Unido, do Canadá e da Suíça.
A entidade afirmou também, por meio de comunicado, que pretende continuar com os leilões por pelo menos mais seis meses, "ao menos que as condições de mercado claramente indiquem que eles não são mais necessários". Ela disse ainda que disponibilizará US$ 100 bilhões por meio de contratos de recompra. As ações do Fed visam, além do combate à inflação, o crescimento econômico -o BCE (o banco central dos países da zona euro) prioriza o controle da alta dos preços.
A decisão é a mais recente tentativa do Fed de reduzir a ameaça à economia representada pela redução dos empréstimos a empresas e pessoas físicas por parte dos bancos. Desde setembro de 2007, por exemplo, o BC dos Estados Unidos já reduziu em 2,25 pontos percentuais, para 3%, a taxa de juros básica. E a expectativa de analistas é que ocorra um corte de pelo menos 0,75 ponto percentual no encontro do dia 18.
O temor com os problemas de crédito aumentou ontem após a suspensão, na Bolsa de Amsterdã, das negociações das ações do fundo Carlyle Capital Corporation -que pertence ao Carlyle Group, uma das maiores empresas de "private equity" (que adquire participações em companhias). O fundo disse que investidores "liquidaram" alguns dos seus títulos.


Com agências internacionais

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