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Semana trará indicadores de inflação e PIB do país
Investidores ficam atentos aos papéis da Petrobras
PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
O mercado fechou a última
semana otimista e registrando
altas nas principais Bolsas de
Valores do mundo. Esse bom
humor deve prevalecer durante os próximos dias, visto que
eles não virão recheados de indicadores impactantes.
No Brasil, a inflação continua
em foco. Desta vez impulsionada pela expectativa de crescimento robusto do país, percepção que já levou economistas a
apostarem em uma alta do PIB
(Produto Interno Bruto) neste
ano maior que a projeção oficial, de 4,5%. Grande parte dos
analistas projeta que a expansão pode atingir facilmente os
5%. A economia aquecida tende
a pressionar os níveis de capacidade instalada da indústria e,
por consequência, refletir em
alta inflacionária.
Porém, o comportamento do
consumidor dará pistas sobre a
desaceleração da inflação pelo
gasto das famílias, e as pressões
sazonais devem se refletir cada
vez menos na elevação desses
índices. "Estamos notando um
arrefecimento no sistema de
preços, uma espécie de trégua",
diz Celso Grisi, presidente do
Instituto de Pesquisa Fractal.
Os investidores ficarão atentos hoje ao IPC semanal medido pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Ele sai juntamente
com o IGP-DI, indicador de
preços que reflete mais os reajustes no atacado, com tendência de alta, porque já começa a
refletir futuras pressões previamente anunciadas. Uma delas é o reajuste do preço do minério de ferro, que levará, por
consequência, a altas nos preços do aço e seus derivados, impactando toda a indústria. A
primeira prévia do IGP-M será
divulgada na quarta-feira.
Dados do varejo sairão na
quinta-feira e devem refletir os
efeitos sazonais nas compras.
De qualquer maneira, analistas
econômicos afirmam que o comércio tende a crescer ao longo
dos próximos meses.
A atenção dos investidores ao
movimento das ações preferenciais da Petrobras na
BM&FBovespa deve continuar.
Os papéis da estatal subiram
1,73% na última sexta-feira e,
segundo os analistas, tendem a
permanecer em alta nos próximos dias, período em que o projeto de lei que permite o uso do
FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço) na capitalização da companhia estiver
tramitando no Senado.
A elevação da taxa de juros é
o maior alvo de especulações
entre os economistas. Uns
apostam que a subida da taxa
Selic, hoje em 8,75%, deve começar agora em março, na próxima reunião do Copom. Outros já defendem que, com a
produção industrial ainda com
espaço para crescer, o Banco
Central pode postergar para o
final do segundo trimestre o ciclo de alta do índice.
Os resultados do PIB do
quarto trimestre saem na próxima quinta-feira e a expectativa de especialistas é que aponte
um crescimento de 2,2% em relação ao trimestre anterior.
Internacional
A Grécia continua preocupando o mercado. Embora seu
impacto no curto prazo não tenha sido suficiente para derrubar as Bolsas, persiste grande
incômodo com o dilema europeu. "O recuo da União Europeia em relação ao auxílio grego
põe em questão a solidez da
moeda europeia", observa o
economista Celso Grisi.
Dos EUA virão poucos dados
na semana, com destaque para
os resultados do Orçamento do
Tesouro e as vendas no varejo,
que devem apresentar queda.
Sairão ainda informações de
pedidos de seguro-desemprego. "É bem provável que o consumo se recupere nos próximos períodos, embora o norte-americano ainda esteja com
medo de gastar", diz Grisi.
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