JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número de trabalhadores com direito à correção dos saldos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em junho é menor do que o previsto inicialmente pelo governo. Em compensação, o valor a ser pago na correção será maior.
A mudança é resultado da reestimativa feita pelo governo para o pagamento das perdas do Fundo provocadas pelos planos Verão e Collor 1. Pela previsão inicial 54 milhões de contas poderiam ser corrigidas no próximo mês. Esse número caiu para 48 milhões.
Como o governo calcula que um trabalhador tem 2,5 contas em média, os beneficiados caíram de 21,6 milhões para 19,2 milhões de pessoas. O valor a ser pago em junho aumentou quase 30%.
De R$ 6,8 bilhões, o montante subiu para R$ 8,8 bilhões. Isso significa que a média do valor dos pagamentos será maior, não ultrapassando, contudo, R$ 1.000.
O valor global do custo da correção do FGTS também aumentou. A dívida somava inicialmente R$ 40,6 bilhões. O novo valor, que ainda poderá ser revisto, já chega a R$ 41,4 bilhões.
"Esse aumento era esperado porque é basicamente a correção da dívida pela TR [Taxa Referencial" mais juros. A diferença real, de fato, será de aproximadamente R$ 300 milhões", explicou o consultor especial do Ministério do Trabalho Leonardo Rolim.
Também na somatória geral o número de contas com direito à correção caiu. Inicialmente, o governo acreditava que o crédito seria feito em 60,1 milhões de contas. Agora, são 54,4 milhões de contas do FGTS.



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