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Santos tem o almoço mais caro do país, e Fortaleza, o mais barato
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
De R$ 9,21 a R$ 15,58. A variação
do preço médio de uma refeição
em um restaurante em Fortaleza,
no Ceará, e uma em Santos, em
São Paulo -respectivamente as
cidades onde o almoço é mais barato e mais caro no país- dá a
medida da discrepância dos valores pagos pelo trabalhador na hora da alimentação.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado em março
deste ano pelo instituto de pesquisa Indicator-GFK a pedido da Assert (Associação das Empresas de
Refeição e Alimentação Convênio
para o Trabalhador).
A pesquisa foi feita em 18 cidades com 1.407 estabelecimentos
que aceitam tíquete-refeição, divididos em três tipos: por quilo ou
bufê, à la carte e comercial.
Os números mostram que as diferenças de preços não são restritas a municípios: em bairros como Jaçanã e Brasilândia, na zona
norte de São Paulo, onde a refeição é a mais barata da cidade, o
preço médio é de R$ 7,52. Na Bela
Vista e Consolação, no centro, o
valor médio salta para R$ 15,90.
"Além de fatores como localização e concorrência, ainda existe
uma cultura da inflação que faz
com que as pessoas não tenham
referência de preços", disse Geni
Lima, diretora do Indicator-GFK.
Segundo ela, no caso da região
Norte do país -a campeã dos
preços altos, com um custo médio
de R$ 13,38 por refeição-, o problema é que os alimentos embutem preços de frete. "A região
Nordeste é a mais barata, já que o
poder aquisitivo da população é
baixo: a refeição custa em média
R$ 10,37", disse.
A média nacional foi R$ 11,99,
valor puxado para cima pelo preço ponderado das refeições à la
carte, de R$ 21,13 em todo o país.
O custo médio nacional da refeição comercial e de quilo ou bufê
foi respectivamente de R$ 6,18 e
R$ 8,89. Hoje o tíquete-refeição é
de em média R$ 6,50 no país, conforme a Assert. Para as operadoras filiadas à associação, quanto
maior o valor do tíquete-refeição,
melhor: essas empresas ganham
em cima do valor de cada tíquete.
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