São Paulo, domingo, 08 de maio de 2005

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FÓRUM NACIONAL

Encontro no Rio debate posição que país deve tomar diante de emergentes da Ásia e como acompanhar seu crescimento

Evento discute exemplos de China e Índia

DA SUCURSAL DO RIO

O 12º Fórum Nacional começa amanhã, no Rio de Janeiro, tendo como pano de fundo dos debates a posição que o Brasil deve tomar diante de dois outros emergentes, China e Índia, que servem tanto de exemplo como desafio às ações a serem implementadas pela política econômica do país.
Além do crescimento mais vigoroso dos dois países nos últimos anos em comparação com o Brasil, eles estão ganhando competitividade em setores importantes para o país -como siderurgia- e, no caso indiano, convertendo-se em importante centro de pesquisa e desenvolvimento, diz o ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Veloso, coordenador do fórum, no texto de apresentação do evento.
E o Brasil, o que deve fazer para acompanhar seus parceiros? Uma das premissas, argumenta, é aprofundar os laços com esses países, especialmente na luta contra barreiras ao comércio exterior e em novos projetos. Buscar o desenvolvimento de uma economia do conhecimento é, por sua vez, um desafio do país para não ver seus parceiros se distanciarem ainda mais.
Para discutir os caminhos que vão levar o Brasil a "uma reação para cima", como sugere o tema básico do fórum, os vários painéis discutirão as condições fundamentais para o crescimento, a modernização da infra-estrutura como propulsora do desenvolvimento (e não apenas como condição preparatória) e o papel do agronegócio de estimular a expansão de outros setores. O desenvolvimento regional também estará em pauta. O tema neste ano é "China e Índia como desafio e exemplo e a reação do Brasil... para cima".
Estão previstas as presenças dos ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda), José Dirceu (Casa Civil), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Paulo Bernardo (Planejamento), Roberto Rodrigues (Agricultura), Ciro Gomes (Integração Regional) e do presidente do BNDES, Guido Mantega, além de economistas.
Um dos trabalhos que serão apresentados no fórum, obtido pela Folha, destaca a importância da regulação e da concorrência em setores de infra-estrutura.
De autoria de José Tavares de Araújo Jr., titular da Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) até 2004, o trabalho revela que o atual governo avançou pouco para aperfeiçoar a regulação, sem resolver problemas deixados pela gestão anterior nem propor grandes alterações.

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