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FÓRUM NACIONAL
Encontro no Rio debate posição que país deve tomar diante de emergentes da Ásia e como acompanhar seu crescimento
Evento discute exemplos de China e Índia
DA SUCURSAL DO RIO
O 12º Fórum Nacional começa
amanhã, no Rio de Janeiro, tendo
como pano de fundo dos debates
a posição que o Brasil deve tomar
diante de dois outros emergentes,
China e Índia, que servem tanto
de exemplo como desafio às ações
a serem implementadas pela política econômica do país.
Além do crescimento mais vigoroso dos dois países nos últimos anos em comparação com o
Brasil, eles estão ganhando competitividade em setores importantes para o país -como siderurgia- e, no caso indiano, convertendo-se em importante centro
de pesquisa e desenvolvimento,
diz o ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Veloso,
coordenador do fórum, no texto
de apresentação do evento.
E o Brasil, o que deve fazer para
acompanhar seus parceiros? Uma
das premissas, argumenta, é
aprofundar os laços com esses
países, especialmente na luta contra barreiras ao comércio exterior
e em novos projetos. Buscar o desenvolvimento de uma economia
do conhecimento é, por sua vez,
um desafio do país para não ver
seus parceiros se distanciarem
ainda mais.
Para discutir os caminhos que
vão levar o Brasil a "uma reação
para cima", como sugere o tema
básico do fórum, os vários painéis
discutirão as condições fundamentais para o crescimento, a
modernização da infra-estrutura
como propulsora do desenvolvimento (e não apenas como condição preparatória) e o papel do
agronegócio de estimular a expansão de outros setores. O desenvolvimento regional também
estará em pauta. O tema neste ano
é "China e Índia como desafio e
exemplo e a reação do Brasil... para cima".
Estão previstas as presenças dos
ministros Antonio Palocci Filho
(Fazenda), José Dirceu (Casa Civil), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Paulo Bernardo
(Planejamento), Roberto Rodrigues (Agricultura), Ciro Gomes
(Integração Regional) e do presidente do BNDES, Guido Mantega, além de economistas.
Um dos trabalhos que serão
apresentados no fórum, obtido
pela Folha, destaca a importância
da regulação e da concorrência
em setores de infra-estrutura.
De autoria de José Tavares de
Araújo Jr., titular da Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) até 2004, o trabalho revela que o atual governo avançou
pouco para aperfeiçoar a regulação, sem resolver problemas deixados pela gestão anterior nem propor grandes alterações.
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