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CSN vai ampliar exportação de minério
Investimento de US$ 2,2 bi deve transformar empresa na segunda maior exportadora do produto no país, atrás só da Vale
Projeto inclui a construção
de porto privativo para
embarques; siderúrgica
anuncia lucro de R$ 767 mi
no 1º tri, aumento de 51%
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) anunciou ontem
investimentos de US$ 2,2 bilhões nos próximos cinco anos
num grande projeto logístico
na região do porto de Itaguaí,
no Rio de Janeiro. O projeto
eleva em mais de quatro vezes a
exportação de minério de ferro,
dos atuais 30 milhões para 160
milhões de toneladas por ano, e
a transforma na segunda maior
exportadora de minério no
país, atrás só da Vale.
Embora tenha incluído nesse
pacote investimentos já anunciados, o plano logístico apresentado ontem ao mercado traz
novidades como a construção
de um porto privativo, um terminal de contêineres e um centro de apoio logístico.
O Tecar (terminal de granéis,
por onde embarca minério
atualmente) já recebeu investimentos de US$ 230 milhões até
agora e vai obter mais US$ 560
milhões, totalizando aporte de
US$ 790 milhões. Nesse terminal, a capacidade de embarque
de minério chegará a 100 milhões de toneladas por ano.
A novidade será a construção
numa área de 10 milhões de
metros quadrados de um porto
privativo batizado de Lago da
Pedra. O plano da divisão de logística da CSN é ter capacidade
para embarcar mais 60 milhões
de toneladas de minério de ferro por ano, além de reforçar a
estrutura para despacho de
produtos siderúrgicos e recebimento de carvão mineral importado. O porto terá quatro
berços para atracação de navios
e uma retroárea para movimentação de carga. Só no porto
privativo, será investido US$
1,074 bilhão -US$ 791 milhões
só para a construção do píer.
Um centro de apoio logístico,
para operadores portuários,
também será construído na
mesma área, conforme a demanda, explicou Davi Cade. A
estimativa da CSN é investir
até US$ 202 milhões no centro
de apoio. O terminal de contêineres para embarque de produtos siderúrgicos terá capacidade para movimentar 6 milhões
de toneladas e custará US$ 166
milhões.
Nova siderúrgica
O diretor-executivo financeiro da CSN, Otávio Lazcano, disse ontem que pretende construir uma das duas novas usinas siderúrgicas anunciadas
pela empresa em parte da área
de 10 milhões de metros quadrados. Será uma siderúrgica
para a produção de 4,5 milhões
de toneladas de placas de aço. O
produto será exportado para
ser laminado no exterior. A
companhia tem planos de adquirir uma companhia de laminação nos EUA ou na Europa
para processar os produtos semi-acabados.
Em Congonhas (MG), ao lado da mina Casa de Pedra -reserva de minério de ferro de 8
bilhões de toneladas-, a CSN
quer construir a terceira siderúrgica, com capacidade para
4,5 milhões de toneladas por
ano. "Temos um acordo com o
governo de Minas. O governo
vai construir um distrito industrial e, tão logo isso ocorra, vamos pedir a licença prévia no
órgão ambiental", diz Lazcano.
A usina produzirá aços longos,
chapa grossa e trilhos. Tudo para o mercado interno.
Balanço
A CSN também anunciou ontem um lucro de R$ 767 milhões no primeiro trimestre
deste ano, 51% acima do obtido
no trimestre imediatamente
anterior. A empresa também
bateu recorde de receita e geração de caixa. A previsão é que os
aumentos de preços de produtos siderúrgicos mantenham a
perspectiva de novos recordes
em receita e lucro neste ano.
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