JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sob intervenção desde segunda, a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, poderá ser multada em até R$ 3 milhões caso a SPC (Secretaria de Previdência Complementar) conclua que a entidade praticou irregularidades na privatização do sistema Telebrás.
Desde 2001, a SPC investiga a participação da Previ no consórcio que arrematou a Tele Norte Leste Participações (Telemar). Dois auditores da secretaria se debruçaram sobre as áreas de gestão e investimento da entidade para analisar o caso. Em conclusão preliminar, a fiscalização considerou suspeitos três pontos que podem levar à punição da entidade:
1) Durante a compra da Tele Norte Leste, a Previ teria atuado como instituição financeira no negócio ao antecipar e aportar recursos superiores na primeira parcela do pagamento. Isso contraria as normas da SPC.
2) A entidade teria infringido as regras do mercado de ações ao combinar antecipadamente o preço de venda de papéis no pregão em algumas operações.
3) A Previ teria tentado mascarar uma operação de compra acionária de uma empresa nacional. Teria comprado 10% do capital votante da empresa e, ao mesmo tempo, vendido 0,76% da mesma participação acionária, por meio de negociação privada.
A operação contraria normas da Comissão de Valores Mobiliários e da SPC. A secretaria não disse qual seria a empresa nacional. A secretaria pediu esclarecimentos à Previ sobre as três operações. A previsão é que o processo de investigação seja concluído em até três meses depois de a entidade enviar as respostas.



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