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PRESSÃO À FRENTE
Diretor financeiro da empresa diz que reajuste deve acontecer, se volatilidade internacional não diminuir
Petrobras sinaliza alta no preço da gasolina
DA SUCURSAL DO RIO
Se a volatilidade das cotações
do petróleo no mercado internacional não diminuir, os preços
dos combustíveis "provavelmente serão reajustados", disse ontem
o diretor financeiro da Petrobras,
José Sérgio Gabrielli.
Segundo ele, o recente recuo das
cotações para a casa dos US$ 40 o
barril pode "significar uma estabilização de preços num outro patamar", o que justificaria um aumento dos combustíveis no país.
Por enquanto, ele afirmou que a
estatal está apenas "avaliando se a
volatilidade diminuiu ou não",
antes de tomar uma decisão. Segundo o diretor, o objetivo é ter
preços alinhados no longo prazo.
Gabrielli reconheceu que "evidentemente há uma defasagem"
em relação às cotações da gasolina nos EUA, uma das principais
referências de preço. Especialistas
calculam que a gasolina esteja cerca de 30% mais barata no Brasil.
"Essa diferença ainda não afeta o
resultado da companhia", afirmou, acrescentando que os acionistas minoritários não estão perdendo dinheiro.
Nos últimos meses, o preço internacional do barril de petróleo
subiu da casa de US$ 32 para mais
de US$ 41. O principal cartel produtor decidiu, na semana passada, elevar a produção da commodity, o que fez o preço recuar.
Analistas, porém, acreditam em
um novo patamar do preço, em
torno de US$ 38 por barril.
O executivo disse ainda que a
Petrobras reviu para baixo, no seu
novo plano estratégico (2004-2010), a projeção sobre o consumo de combustíveis, o que adia os
planos de instalação de uma nova
refinaria no país.
A FUP (Federação Única dos
Petroleiros) marcou para a 0h
desta terça-feira uma greve de um
dia para protestar contra os critérios de distribuição da participação nos lucros da Petrobras.
A entidade também quer o fim
do que classifica como "discriminação entre trabalhadores novos
e antigos" -mais de 4.000 funcionários da estatal estão sem a
cobertura do fundo de pensão de
previdência complementar da Petros. Além disso, os petroleiros
reivindicam um novo plano de
cargos e salários.
A Petrobras informou que "todos os canais de negociação estão
abertos".
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