São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2006

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INFLAÇÃO

Sem efeito do câmbio, IGP-DI sobe para 0,38% em maio

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O efeito benéfico do câmbio sobre a inflação ficou para trás e o resultado foi a aceleração do IGP-DI: o índice subiu de 0,02% em abril para 0,38% em maio, segundo divulgou a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O recrudescimento da inflação ocorreu por causa de reajustes no atacado. Sob efeito da alta de combustíveis destinados à produção, de metais e de commodities agrícolas, o IPA (preços no atacado) ficou em 0,46% em maio ante variação negativa de 0,15% em abril.
"O período de deflação ficou para trás. Ele teve a ver com câmbio, que já não está mais produzindo deflação. Teve a ver também com safra agrícola e agora estamos nos aproximando de entressafra. Por isso, o índice saiu de taxas negativas ou muito baixas nos últimos meses para o 0,38%. Uma mudança de patamar [dos índices de inflação] já está dada", avalia Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV. Em fevereiro e março, o IGP-DI havia tido deflação -de 0,06% e de 0,45%.
Os preços no atacado subiram especialmente em razão da alta do petróleo e das commodities metálicas no mercado internacional, segundo Quadros. O cobre, por exemplo, teve aumento de 30,95% em maio, acumulando uma alta de 59,2% no ano. O querosene para motores sofreu reajuste de 8,16%.
No sentido inverso ao do atacado, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou deflação de 0,19% -havia subido 0,34% em abril. Quedas de preços do álcool (-12,97%), da gasolina (-0,66%) e dos alimentos (-0,94%), especialmente "in natura", explicam o recuo.


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