São Paulo, quinta-feira, 08 de agosto de 2002

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Leia íntegra da nota do FMI

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Horst Köhler, divulgou o seguinte comunicado ontem:
Durante a última semana, discussões intensivas ocorreram em Washington entre uma delegação brasileira e a direção e a equipe do FMI sobre um novo acordo "stand by", válido por 15 meses. Chegou-se a um acordo sobre um programa que pode ser submetido à aprovação do Conselho Executivo do FMI no início de setembro. Observamos que as autoridades brasileiras estão "convencidas de que esse acordo atende aos interesses do país e confiantes em que ele terá o apoio dos principais candidatos à Presidência do Brasil". Consultas a esse respeito já foram iniciadas.
O novo acordo prevê a concessão de US$ 30 bilhões em financiamento adicional pelo FMI, 80% dos quais a serem liberados durante 2003. Além disso, o piso líquido de reserva internacional estipulado pelo atual acordo com o Brasil será reduzido em US$ 10 bilhões, imediatamente após a aprovação do programa pelo Conselho Executivo. Para assegurar a sustentabilidade fiscal no médio prazo, o novo programa prevê a manutenção de uma meta de superávit primário de não menos de 3,75% do PIB durante 2003, a ser revista a cada trimestre, e a inclusão de não menos do que esse nível de meta de superávit primário à Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2004 e 2005.
Ao reduzir vulnerabilidades e incertezas, o novo programa apoiado pelo FMI lança uma ponte para o novo governo que assumirá o poder em 2003 e apoia a continuação de uma estratégia política que vai dar respaldo à estabilidade macroeconômica e aproximar o crescimento econômico brasileiro de seu potencial a médio prazo, preservar a inflação baixa e a sustentabilidade externa e apoiar os esforços para aumentar o nível de emprego e melhorar as condições de vida dos brasileiros.
O Brasil segue um caminho político sólido de longo prazo, caminho esse que merece todo o apoio da comunidade internacional. O debate democrático, ativo dentro do Brasil, deve ser saudado, e, como já dissemos, o FMI está pronto para apoiar qualquer governo que se comprometa com uma política econômica sensata.



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