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Varejo amplia investimento com melhora do cenário no 2º semestre
Lojas Americanas e Grupo Pão de Açúcar apostam na retomada do mercado
DA REDAÇÃO
Embora historicamente os
varejistas concentrem a abertura de lojas no segundo semestre, a crise exacerbou esse movimento, já que as empresas estavam ainda mais cautelosas.
A Lojas Americanas, que divulgou lucro líquido de R$ 6,8
milhões no acumulado dos seis
primeiros meses do ano, ante
prejuízo de R$ 2,4 milhões no
mesmo período de 2008, ampliou a inauguração de unidades previstas inicialmente.
No primeiro trimestre, a rede
abriu quatro lojas, e a previsão
era fechar o ano com outras
quatro. Entre abril e junho, não
houve inaugurações. Ontem,
Roberto Martins, diretor da
companhia, disse que a rede deve terminar este ano com até
dez novas lojas. Para 2010, a estimativa inicial é de 50 unidades. A empresa prepara um
projeto de expansão para os
próximos três anos e vai pedir
financiamento ao BNDES.
O executivo diz que, com a
crise, houve a preocupação de
que as linhas de crédito não fossem renovadas e, quando foram, os juros eram mais altos, e
o prazo, menor. A maior estabilidade na economia, afirma,
"permite-nos acreditar que podemos voltar ao nosso plano de
expansão acelerada". A B2W,
que engloba o Submarino e a
Americanas.com, registrou
queda de 43,6% no lucro do semestre (R$ 22 milhões).
O Grupo Pão de Açúcar, que
também divulgou balanço nesta semana, reiterou a previsão
de investimentos, apesar das
despesas com a compra do
Ponto Frio. Dos R$ 750 milhões em 97 novas lojas, foram
gastos, até junho, só R$ 193 milhões em nove unidades.
"No primeiro semestre, sempre seguramos um pouco mais
os investimentos, principalmente analisando que estamos
vindo de uma crise global", comentou Caio Mattar, vice-presidente da companhia. O maior
varejista do país teve alta de
49,9% no lucro líquido no primeiro semestre, considerando
a comparação com o resultado
ajustado do ano anterior.
Também de olho no cenário
mais favorável, a Lojas Colombo chega à capital paulista na
quarta-feira, com a abertura de
uma loja no shopping Anália
Franco. A rede gaúcha tem 360
unidades, sendo 86 no interior
paulista. Após duas experiências com operações tradicionais na cidade que acabaram
sendo fechadas, a empresa
aposta no formato "premium",
com produtos sofisticados.
Para Cláudio Felisoni, coordenador do Programa de Administração de Varejo da FIA, é
natural que as empresas tenham ficado mais cautelosas
sobre "o momento adequado
para imobilizar o investimento". Pesquisa da entidade mostrou que a intenção de compras, em São Paulo, atingiu neste trimestre o maior patamar
desde 1999.
(TATIANA RESENDE)
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